Por: Jorge Eduardo Magalhães
Todos os dias, no mesmo horário, passava em frente à sua casa e lá estava aquela bela moça debruçada na janela. Eu lhe sorria e ela correspondia. Como era linda! Sua pela alva, seus olhos radiantes, seu sorriso e seu cabelo castanho formava uma beleza ímpar. Meu coração batia forte, minha respiração ficava ofegante. Estava completamente apaixonado.
Naquele tempo era um rapaz tímido, não tinha coragem de me aproximar dela e nem ao menos sabia o seu nome.
À noite, deitado em minha cama, olhava para o teto, respirava fundo e pensava nela. Ficava imaginando cenas românticas como passeios e bailes ao lado de minha amada desconhecida.
Decidi me aproximar dela, tinha que ter coragem.
No dia seguinte, ela estava novamente debruçada na janela, aproximei-me, disse meu nome e ela disse o seu. Conversamos durante algum tempo, nossas mãos se uniram, foi um momento lindo. Durante uma semana fazia a mesma coisa, parava em sua janela e nossas mãos ficavam unidas. Um dia pedi um beijo, ela recusou, pedi para que ela saísse, ela disse que não podia, pedi para entrar, ela ficou tensa, implorou para que eu não fizesse aquilo, o pai dela era muito severo, era até capaz de me matar. Não dei-lhe ouvidos, pulei a janela. Ela abaixou a cabeça com os olhos marejados, ela estava em uma cadeira de rodas e tinha as duas pernas amputadas.
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Uau!!! Que surpresa