A obra

Por: Jorge Eduardo Magalhães

Samanta, 38 anos, filha única, solteira. Está acima do peso e mora com a mãe que sempre a humilha por não ter casado e não ter lhe dado um neto. Todas as filhas de suas amigas casaram e tiveram filhos, reclama a mãe melancólica. A mãe culpa a filha por estar encalhada, devido o fato de comer um monte de besteira. Chama a filha de gorda. Samanta finge não se importar, mas à noite chora debaixo dos lençóis.

Amanhece, Samanta vai à padaria comprar pão, passa por uma obra, os operários mexem com ela dizendo palavras obscenas. Não olha, mas fica lisonjeada. Agora passa todos os dias na porta da obra usando sempre um vestido colante diferente.

Acessem meu blog: http://jemagalhaes.blogspot.com

 

Adquiram meu livro UMA JANELA PARA EUCLIDES

editorapatua.com.br/uma-janela-para-euclides-dramaturgia-de-jorge-eduardo-magalhaes/p  

Sobre Jorge Eduardo Magalhães Jedu Magalhães

Jorge Eduardo Magalhães Jedu Magalhães

Check Also

Monólogo em três atos

Por: Jorge Eduardo Magalhães No camarim improvisado do espaço teatral, na verdade, um sobrado transformado …

2 Comentários

  1. Avatar

    Muito bom! Tudo pela autoestima!!

  2. Avatar

    Sermos vistos. Essa é uma das grandes necessidades humanas. A autoestima foi ressuscitada pelos de fora, porque aqueles que deveriam ter amor incondicional apenas jogavam pedras. Ela foi vista e a luz foi acesa.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Sign In

Register

Reset Password

Please enter your username or email address, you will receive a link to create a new password via email.