Lamentavelmente todos os heróis negros compõem um quadro de segunda categoria em livros didáticos, literatura e nos meios de comunicação. Foto: Divulgação

Além do pantera-negra quem mais você conhece?!

Os negros foram personagens fundamentais que impulsionaram o desenvolvimento do Vale do Paraíba, numa época em que o café era o principal produto da economia do país. Apesar disso, o preconceito ainda faz parte da vida de muitos deles. É resgatando a própria identidade que essas pessoas mostram a importância que representam para a sociedade brasileira.

Lamentavelmente todos os heróis negros compõem um quadro de segunda categoria em livros didáticos, literatura e nos meios de comunicação.

Ah! meu Vale do Paraíba, onde não se encontra nenhum busto sequer, de personalidade negra, muito poucas em ruas e avenidas, mas do explorador, colonizador, em grande número.

No final do século XIX crescia o movimento abolicionista, sabendo que por aqui escravizou um dos principais abolicionistas, Luis Gama, foi comprado pelo alferes Antonio Pereira Cardoso, proprietário de uma fazenda no município de Lorena/SP. Em 1847, o alferes recebeu a visita do estudante Antonio Rodrigues do Prado Júnior que, afeiçoando-se a Luís, ensinou-o a ler e a escrever.

Não se dá aos negros o espaço necessário para a fruição de outro entendimento do período escravatura que não seja o da história oficial. Quem foram os, malês, que consolidaram uma revolta histórica na cidade de Salvador, em janeiro de 1835? Quem foi Luisa Mahin e qual o seu papel neste episódio? Os lanceiros na Farropilha? Não há visibilidade histórica aos feitos dos negros, em particular as de Palmares.

O Quilombo dos Palmares foi o único espaço livre de relação interétnica do período colonial brasileiro. Os negros aquilombados recebiam diversos grupos humanos que fugiam da escravidão e da perseguição da Igreja Católica à época. Entre eles, indígenas, judeus, negros e pobres. Todos sentavam a mesma mesa, nutriam-se com as suas diferenças culturais e socializavam os contributos para a manutenção da causa palmarina. Palmares era um espaço de liberdade, trabalho e resistência à escravidão.

O Brasil ainda se apresenta ao mundo como uma democracia racial, como se fosse o resultado de uma mistura harmoniosa de raças, o que faz com que o combate ao racismo não seja uma prioridade no país.
“A nossa educação formal fortalece a ideia de uma humanidade branca universal, que nada mais é do que o olhar europeu sobre o mundo.”

Com isso, os currículos escolares omitem diversos personagens negros relevantes para a história nacional. “Os africanos e indígenas não deram simplesmente uma contribuição ao país, eles são a base da nossa cultura”.

Prof. Denilson Costa

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