Por: Jorge Eduardo Magalhães
Conheceram-se em baile funk de uma favela. Ela, bem-nascida, estudante de sociologia. Ele levava uma vida errada, nascido e criado no morro, não completara os estudos iniciais. Ela largou sua família, seu namorado, a faculdade e foi viver com ele no morro. No início tudo parecia exótico, ele era carinhoso, chamava-a de “minha branquinha”. Logo se tornou violento, batia nela, trancava-a no barraco e a oferecia para seus companheiros em troca de drogas, bebidas e cigarros.
Por sorte conseguiu escapar. A família a acolheu. Estava esquelética, anêmica, toda cheia de hematomas e os braços queimados com pontas de cigarro. O namorado a perdoou. Sua vida voltou ao normal. De vez em quando olha, escondida de todos, a única foto que restou de seu amado algoz e começa a chorar de saudades.
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Essa é uma triste realidade de nossa sociedade. A ilusão de um falso “conto de fadas as avessas”. Um cozido de irreverência, rebeldia, ilusão. Resultado: um cozido de escravidão.
Uau!!! Que coisa
Muitas meninas se envolvem nessa situação romantizando o amor bandido. Parabéns pelo realismo!