O Embaixador Francisco José da Cruz, apelou, para o pleno respeito da integridade territorial da RDC, conforme a Carta das Nações Unidas. Foto: Dkivulgação.

Angola volta a exigir fim das hostilidades na RDC

Nova Iorque (EUA) – O representante de Angola nas Nações Unidas, Embaixador Francisco José da Cruz, exigiu a cessação imediata e incondicional das hostilidades, a retirada do M-23 das áreas ocupadas, bem como o fim do estabelecimento de administrações paralelas no território da República Democrática do Congo.

Durante a segunda reunião de emergência, nas últimas 48 horas, sobre a situação na RDC, os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas apelaram a todas as partes a agirem de boa-fé, retomando ao Processo de Luanda, sob a facilitação do Presidente da República, João Lourenço.

Integridade territorial

De acordo com um comunicado, enviado ao Polo de Notícias, o Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, Embaixador Francisco José da Cruz, apelou, também, para o pleno respeito da integridade territorial da RDC, conforme a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e o princípio da igualdade soberana entre todos os Estados-Membros.

“Exorto todas as partes em conflito a respeitarem integralmente os direitos humanos e o direito humanitário internacional, a protecção de civis, campos dos deslocados de guerra, instalações médicas, e a protecção de forças de manutenção da paz, tendo sublinhado que ataques aos civis e às forças de manutenção da paz constituem crimes de guerra, disse o embaixador Francisco Cruz.

Por sua vez, sustentou que as hostilidades no leste da RDC já custaram a vida de milhares de civis e feriram muitos outros.

Relatórios confiáveis indicam que Goma não tem água canalizada, nem eletricidade, tornando as condições de vida da população e dos deslocados quase insuportáveis.

Neste contexto, o embaixador angolano instou, igualmente, às partes a retomarem ao Processo de Luanda sob a facilitação do Presidente da República, João Lourenço, e reiterou que os ganhos arduamente conquistados através do Processo de Luanda, após meses de intensas negociações devem ser preservados.

Ele lembrou, ainda, que no quadro das responsabilidades enquanto Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação, mandatado para facilitar a mediação entre Rwanda e a RDC, João Lourenço empreendeu várias iniciativas para resolver as diferenças entre os dois países e progressos substanciais, incluindo a assinatura do Acordo de Cessar-Fogo a 30 de Julho de 2024, que entrou em vigor a 4 de Agosto do mesmo ano e que o presidente expressou profunda preocupação com a grave deterioração da situação de paz e segurança no leste da RDC.

 

Com informações de Thyrsa Alberto (Correspondente em Angola)

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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