Por: Jorge Eduardo Magalhães
Belzinha, a ninfeta do bairro. O Padrinho que a criara fazia tudo por ela, principalmente se ela deixasse fazer alguns carinhos.
– Para com isso Padrinho, sempre dizia.
O Padrinho adora vê-la trocando de roupa olhando pela fechadura da porta. Quando Belzinha está com raiva pendura a toalha na maçaneta impedindo-lhe a visão, mas logo com algum mimo ele torna a admirá-la novamente.
Anda de namorico com um rapaizinho da rua, o Padrinho tem ciúmes, mas deixa. Quer impedir que se encontrem quando o bicheiro Totonho promete comprar uma casa para ele com tudo mobiliado em troca de Belzinha. Discutem, tranca Belzinha dentro de casa que, num gesto de desespero, encharca o corpo de querosene e acende o fósforo. No hospital, vendo Belzinha coberta de bandagens, o Padrinho chora pela perda da casa mobiliada.
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