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O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), unidade de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro, matou Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH”, durante uma operação realizada na manhã desta terça-feira (13 de maio de 2025). Apontado como o principal chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, TH foi localizado em um bunker na comunidade do Timbau, área do Complexo.
Com a chegada dos policiais, houve um intenso confronto. TH foi atingido durante o tiroteio e não resistiu aos ferimentos. Levados para o Hospital Municipal Evandro Freire, outros dois criminosos feridos no mesmo confronto também morreram.
O governador Cláudio Castro comentou a ação: “A Polícia Militar retirou de circulação um perigoso criminoso. Quem ganha é a sociedade. Foi uma operação planejada com inteligência e executada com profissionalismo. O objetivo era prender o líder da facção, mas ele optou pelo confronto. Demonstramos mais uma vez que não haverá trégua para estes criminosos extremamente violentos, que circulam fortemente armados e que não têm pudor em utilizar de forma cruel a população como escudo para fugir do cerco das forças de segurança.”
Histórico Criminal de TH e Planejamento da Operação
TH era alvo prioritário da operação devido à sua liderança no TCP na Maré. Ele possuía 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto, incluindo um referente ao assassinato dos sargentos do BOPE Rafael Wolfgramm Dias e Jorge Henrique Galdino Cruz, mortos durante uma operação na Maré em junho do ano passado. TH também era investigado por envolvimento na morte de um militar do Exército em 2014 e por ataques a agentes da Força Nacional em 2016. As investigações indicam que ele coordenava treinamentos paramilitares dentro da comunidade.
O secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, descreveu a ação como “cirúrgica”, baseada em informações de inteligência e adotando medidas para minimizar riscos. Ele enfatizou que a Polícia Militar não causa o fechamento de escolas ou hospitais, mas sim os criminosos.
De acordo com o coronel Menezes, um levantamento detalhado sobre o “modus operandi” do grupo criminoso permitiu descobrir a residência exata onde TH estava. Os policiais entraram diretamente no local determinado, onde foram recebidos com intenso confronto. O líder da facção estava acompanhado por mais de 20 criminosos que atuavam como seguranças.
A operação contou com o apoio de policiais militares de diferentes unidades e foi precedida por um minucioso levantamento da Subsecretaria de Inteligência da SEPM sobre as atividades criminosas em 11 das 16 comunidades que compõem o Complexo da Maré. Esse levantamento aponta que os criminosos são responsáveis por oprimir moradores, realizar roubos de carga e roubos de veículos nas vias expressas da região metropolitana, entre outras ações violentas.
Após o confronto no bunker, foi apreendida uma pistola que estava com o criminoso. As principais vias de acesso ao Complexo da Maré foram bloqueadas preventivamente durante a manhã para garantir a segurança da população e das equipes policiais em operação.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – editor de conteúdo
Foto: Carlos Magno
