Nessa terça-feira (13 de maio de 2025), durante a visita de Estado à China, o Brasil celebrou um passo importante na cooperação bilateral. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zheng Shanjie, assinaram em Pequim o memorando de entendimento relativo à primeira etapa do Plano de Cooperação entre Brasil e China.
O plano, que foi consolidado em novembro de 2024 durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, busca criar sinergias entre iniciativas brasileiras como o Novo PAC, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, com a Iniciativa Cinturão e Rota da China. O memorando assinado formaliza o início desta primeira etapa, focada principalmente em promover o progresso da parceria na área de infraestrutura.
Foco em Investimentos e Desenvolvimento Tecnológico
Segundo o ministro Rui Costa, serão criados fóruns específicos para ampliar a participação chinesa em investimentos no Brasil, abrangendo áreas como:
- Setor ferroviário (produção de trens, metrôs, VLTs)
- Acompanhamento de processos de leilões de estradas, portos e aeroportos
Rui Costa destacou que o objetivo é materializar os compromissos mútuos, buscando parcerias para o desenvolvimento tecnológico, com formação de talentos, instalação de centros de desenvolvimento e produção no Brasil por meio de associações entre empresas chinesas e brasileiras. Ele mencionou reuniões prévias com empresários chineses interessados em investir em unidades no Brasil, como no setor farmacêutico.
O ministro ressaltou que a articulação da Casa Civil e outros ministérios permitiu a assinatura de mais de 20 atos bilaterais nesta terça-feira, parte de um total de quase 30 mencionados pelo presidente Lula. A intenção do Governo Federal é transformar esses acordos em desenvolvimento econômico e social para o Brasil, gerando emprego, renda, investimento, cooperação técnica e formação de profissionais, especialmente na área de tecnologia.
Visão dos Presidentes Lula e Xi Jinping
Os presidentes Lula e Xi Jinping acompanharam a assinatura do memorando. Xi Jinping avaliou que os atos firmados beneficiam ambos os países, reforçando que a amizade China-Brasil tem base sólida, interesses comuns e grande espaço para cooperação. Ele reiterou o compromisso com o progresso humano e o desenvolvimento global.
O presidente Lula classificou os acordos como um momento histórico para o Brasil, reafirmando o interesse em fortalecer a parceria. Ele destacou que a relação Brasil-China é “nunca foi tão necessária” em um mundo instável e fragmentado, e que ambos os países estão determinados a unir vozes contra o unilateralismo e o protecionismo, promovendo uma Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável.
Áreas Abrangidas Pelo Plano de Cooperação
Desde o estabelecimento do plano em 2024, equipes trabalham para impulsionar projetos em áreas como: transporte multimodal, indústria estaleira, insumos farmacêuticos/medicamentos/equipamentos médicos/vacinas, ciência/tecnologia/inovação, inteligência artificial, satélites/telecomunicações, energias limpas/transmissão de ultra-alta tensão, proteção ambiental/restauração vegetal, gestão de emergências, formação de recursos humanos e cidades inteligentes.
Com informações de Agência Gov.
Wagner Sales – editor de conteúdo
Foto: Ricardo Stuckert / PR