Rio (RJ) – Se no sábado Guilherme Costa esteve muito perto do pódio, neste domingo não teve jeito.
O Brasil conseguiu as suas primeiras medalhas em Paris. E não foi apenas uma. Foram três medalhas em apenas 21 minutos.
Foi uma prata e um bronze no judô e um bronze no skate street feminino.
Willian Lima
O brasileiro de 24 anos, teve um dia quase perfeito. Começou derrotando o uzbeque Sardor Nurillaev, com um waza-ari nos últimos segundos de luta. Depois passou por Serdar Rahimov, do Turcomenistão, no Golden Score, graças ao acúmulo de três shidos (punições) do adversário. Nas quartas de final, derrotou Baskhuu Yondonperenlei, da Mongólia também no desempate (Golden Score).
Nas semifinais enfrentou Gusman Kyrgyzbaeyv, do Cazaquistão. Ganhou a luta por ippon novamente no Golden Score. Na final acabou derrotado por ippon (golpe perfeito), pelo japonês Hifumi Abe.
Atleta do Pinheiros, que também compete pela Marinha, foi campeão mundial júnior em 2019 e militar em 2021.
Nos Jogos Pan Americanos do ano passado, Willian foi medalha de bronze. No Campeonato Mundial deste ano, o judoca chegou às oitavas de final.
Não era considerado favorito ao pódio em Paris, mas como um judoca de grande potencial. Hoje mostrou todo o seu talento
Larissa Pimenta
Já a trajetória de Larissa até o bronze foi um pouco diferente. Após vencer suas duas primeiras lutas, perdeu nas quartas de final para a francesa Amandine Buchard, precisando disputar a repescagem para continuar sonhando com uma medalha de bronze.
Derrotou a alemã Mascha Ballhaus no Golden Score e se classificou para disputar a medalha de bronze na categoria até 52 kg. A disputa pelo bronze foi dramática. Enfrentou a italiana Odette Giuffrida, atual campeã mundial. A decisão foi para o Golden Score e a italiana perdeu com três shidos (punições) contra dois da brasileira.
Aos 25 anos, a medalhista tinha disputado os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando foi eliminada nas oitavas de final. A judoca, que também defende o clube Pinheiros, foi medalha de bronze no Mundial Júnior 2019 e por equipes no Campeonato Mundial de Budapeste em 2021.
Além disso, é bicampeã panamericana na sua categoria e foi medalha de prata por equipes no Panamericano de Santiago do ano passado.
Rayssa Leal
A skatista brasileira precisou se superar para conseguir subir ao pódio no skate street feminino em Paris. Na fase de classificação, a Fadinha Brasileira, como também é conhecida, não conseguiu fazer uma boa nota nas duas voltas que fez.
Se recuperou na fase de manobras, quando conseguiu três notas acima de 85 e garantiu a classificação para a final em sétimo lugar. Na final teve falhas na primeira volta, mas devido a dificuldade de algumas manobras, conseguiu uma nota acima de 70 pontos.
Após errar na segunda volta, acabou abortando a volta, uma vez que as skatistas ficam com a melhor nota de uma das duas voltas e os 70 da primeira volta já a deixavam em quinto lugar.
Acertou duas das cinco manobras, fazendo 92 em uma e 88 em outra, garantindo assim a medalha de bronze. As japonesas Coco Yoshizawa e Liiz Akama ficaram com o ouro e a prata.
Aos 16 anos, a maranhense, após ter sido a medalhista mais nova a ganhar uma medalha em Olimpíadas, quando foi prata em Tóquio. Hoje Rayssa tornou-se a brasileira mais jovem a ganhar duas medalhas olímpicas em duas edições de Jogos Olímpicos.
Que tenham sido as primeiras de muitas medalhas para os brasileiros em Paris.
Com informações de Salvador Gama
Wagner Sales – Editor de conteúdo
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