As exportações brasileiras do agronegócio para a Indonésia têm registrado um crescimento significativo nos últimos anos. Foto: Divulgação.

Brasil pode produzir açúcar e etanol na Indonésia

Jacarta – Na última agenda governamental da missão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Indonésia, o ministro Carlos Fávaro se reuniu com o ministro de Coordenação Econômica – uma das mais importantes pastas do país asiático -, Airlangga Hartarto, na tarde desta terça-feira (31), em Jacarta, capital Indonésia.

Em pauta, o fortalecimento da relação entre os países, visando a intensificação do comércio de produtos agrícolas, a conclusão das análises de riscos para exportação e novos acordos de cooperação técnico científica. “Estamos aqui para subir o nível e aumentar as relações comerciais entre Brasil e Indonésia”, destacou Fávaro.

Crescimento

As exportações brasileiras do agronegócio têm registrado um crescimento significativo nos últimos anos. Em 2022, as exportações para a Indonésia atingiram US$2,9 bilhões de dólares, passando a ocupar a 11ª posição no ranking brasileiro. 

A pauta exportadora do Brasil junto à Indonésia é muito concentrada principalmente produtos agropecuários, em que, dos US$3,1 bilhões exportados ao país, US$2,9 bilhões se enquadram como produtos do agronegócio, totalizando 93%. 

Os principais produtos exportados são farelo de soja, açúcar, algodão, trigo e carne bovina. De acordo com o ministro brasileiro, a relação comercial tem que ser boa para os dois lados. “Ambos têm que vender e comprar mais”, completou.

Entre as principais propostas tratadas, está a cooperação para produção de açúcar e etanol na Indonésia. O Brasil também ofereceu a transferência de tecnologia nacional para intensificação da produção sustentável de alimentos, a exemplo do arroz, de interesse da Indonésia, que já teve incremento de 17% na área de cultivo para a safra 2023/2024 brasileira.

Já o fortalecimento da relação comercial, com grande potencial de crescimento nos próximos meses, precisa encontrar mais espaço nas relações diretas entre o setor privado dos países. Mercados abertos pela Indonésia em agosto, a comercialização de gado e carne processada bovina ainda encontra dificuldade na intermediação da estatal Indonésia. 

“Temos que dar oportunidade para os entes privados se relacionarem diretamente tornando nossos países mais competitivos”, ponderou Fávaro.

O Ministério de Coordenação Econômica da Indonésia também integrará o grupo de trabalho proposto pelo Mapa para estruturar as ações de parceria entre os países no setor agropecuário.

Com assessoria

Wagner Sales – Editor de Conteúdo

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