O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) provas suficientes para uma nova denúncia contra o contraventor Rogério de Andrade. A investigação se refere ao assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em 2020. A decisão, proferida pelo ministro Kassio Nunes Marques na terça-feira (10 de junho de 2025), rejeitou o pedido da defesa para trancar a ação penal, garantindo que o contraventor permaneça em presídio federal.
Decisão do STF e Novas Provas do MPRJ
A defesa de Rogério de Andrade alegava descumprimento de uma decisão anterior da Segunda Turma do STF, que havia trancado uma ação penal por fragilidade probatória. No entanto, o ministro Nunes Marques ressaltou que a decisão anterior permitia uma nova denúncia caso surgissem novos elementos de prova. Segundo o ministro, o MPRJ demonstrou efetivamente a existência dessas novas provas.
A coordenadora do GAECO/MPRJ, Letícia Emile, afirmou que as provas são “extremamente sólidas e não só evidenciam o homicídio a mando de Rogério de Andrade e de seu grupo, como revelam a intensa guerra do jogo do bicho, que já vitimou milhares em nosso estado”.
Mandados de Prisão e Audiência Agendada
Com a decisão do STF, a nova denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ, aceita pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital, permanece válida. Consequentemente, os mandados de prisão contra Rogério de Andrade e Gilmar Eneas Lisboa seguem em vigor. Gilmar Eneas Lisboa é apontado como responsável pelo monitoramento da rotina de Fernando Iggnácio antes do crime.
A Justiça também determinou a transferência de Rogério de Andrade para um presídio federal no Mato Grosso do Sul. A audiência do caso está marcada para o dia 26 de junho.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – editor de conteúdo
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