Alexandre Silveira destacou a importância da retomada dos investimentos em gás, óleo, refino e fertilizantes, que impulsionam a soberania e o crescimento dos setores e da economia brasileira. Foto: Divulgação.

Cerimônia marca retomada da indústria naval e offshore brasileira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta segunda-feira (17/2), ao lado do presidente Lula, da cerimônia de retomada da indústria naval e offshore brasileira, em Angra dos Reis (RJ), no Terminal de Angra dos Reis (Tebig). Durante o evento, foi lançada a segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras e assinados Protocolos de Intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras que estão em fase de desmobilização.

“Não é o Brasil que é da Petrobras, é a Petrobras que é do Brasil, portanto, ela precisa ter uma vocação de ajudar a desenvolver o país. Quanto mais forte a Petrobras, mais forte será o Brasil. Vamos continuar construindo navio, sonda, plataforma, produzindo petróleo, refinando petróleo, porque essa é uma missão que está na mão de vocês da Petrobras”, afirmou o presidente Lula.

Retomada dos investimentos

Alexandre Silveira destacou a importância da retomada dos investimentos em gás, óleo, refino e fertilizantes, que impulsionam a soberania e o crescimento dos setores e da economia brasileira. A previsão é de que a contratação de oito navios gaseiros gerem, até 2029, R$ 23 bilhões em investimentos, criando 44 mil postos de trabalho.

“O entreguismo irresponsável que vendia nossas refinarias, que não investia na indústria naval e que fechava nossas fábricas de fertilizantes, acabou. O Brasil está crescendo de forma organizada e irreversível. E esse crescimento vem da retomada de políticas para a cadeia dessa indústria que foi desmantelada pelo desgoverno anterior. Voltamos a investir no Brasil. Isso significa retomar o crescimento da exploração de petróleo, gás natural e fertilizantes. Significa apostar no aumento do conteúdo local”, afirmou o ministro de Minas e Energia.

Alexandre Silveira ressaltou ainda a aprovação da Lei 15.075/2024, que autoriza a transferência de excedentes de conteúdo local entre contratos de exploração e produção. “Isso fortalece a indústria nacional e estimula ainda mais a reindustrialização do Brasil. Essa lei é responsável por criar 17 mil empregos diretos e indiretos. Não existe crescimento se seguirmos dependentes de importações. É esse desenvolvimento, impulsionado pelo conteúdo local, que estamos trazendo para brasileiras e brasileiros”, destacou.

Também participaram do evento a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira.

A licitação pública internacional lançada pela Transpetro na manhã desta segunda-feira para a aquisição de oito navios gaseiros com capacidades de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, que começou em julho de 2024 e concluiu em janeiro a contratação de quatro navios da classe handy.

Essa contratação vai triplicar a capacidade da Transpetro para transportar GLP e derivados e permitir à companhia carregar amônia. A ampliação da frota de gaseiros, de seis para 14 navios, leva em conta o aumento de produção de gás natural no país e pretende atender a demanda na costa brasileira e na navegação fluvial, como já ocorre na Região Norte do país e na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.

Reaproveitamento das plataformas

Ainda nesta segunda-feira (17/2) foi assinado protocolo de intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras em fase de desmobilização. Em um cenário em que a gestão de ativos de produção, especialmente no setor de óleo e gás, se tornou cada vez mais relevante no contexto da sustentabilidade e da circularidade, o reaproveitamento de plataformas surge como alternativa estratégica em linha com os compromissos ESG da Petrobras. Conforme previsto no Plano de Negócios 25-29, a companhia planeja desmobilizar 10 plataformas até 2029, e os protocolos de intenções têm como objetivo analisar a viabilidade do reaproveitamento dessas unidades.

Iniciativas e projetos de reutilização de embarcações podem gerar benefícios, como a redução de custos logísticos, o fortalecimento da base de fornecedores e a promoção de melhores práticas de sustentabilidade. Além da Petrobras, o protocolo de intenções foi assinado por instituições da indústria que vão colaborar para um estudo de olhar abrangente, como o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (Abeemar) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).

O evento também sediou a “Feira de Negócios da Indústria Naval e Offshore Brasileira”, iniciativa da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia (MME), com a participação de representantes e agentes do setor.

 

Com informações de agência gov.

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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