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Luanda – Em representação do Governador Provincial, Manuel Homem, que coordena a Comissão Provincial de Proteção Civil de Luanda, o Vice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas, Mário Cristino Deitunga, em companhia do Comandante Provincial Adjunto de Proteção Civil de Luanda, Bravos Mendes, assumiu nessa terça-feira (28/11), durante a apresentação dos dados provisórios sobre as consequências das chuvas que o GPL não estava preparado para lidar com as consequências do “ciclo pluvial bastante intenso, que não tem sido norma no mês de novembro”.
O Vice-governador da província de Luanda para o Sector Técnico e Infraestruturas, revelou que “estas precipitações, sobretudo das últimas 24 horas, deixaram fortes desafios a província ligados a inundações de vias, sobretudo as vias terciárias e secundárias, mas também as estruturantes, inundações de residências, inundações de acessos a serviços sociais”.
Mário Cristino Deitunga disse que “geralmente quando tem acontecido situações de chuvas desta intensidade, temos registado na nossa província um certo número de perda de vidas humanas, coisa que nesta ocasião não se verificou”.
Consequência da chuva sobre Luanda
Satisfeito com o não registo de mortes em consequência da chuva que sobre Luanda durante 12 horas seguidas, o Vice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas, felicitou a população “por acatar, e por ter um comportamento de prevenção. Um comportamento que tornou possível a não perda de vidas humanas”, e disse que “essa não perda de vidas humanas também, resulta de um trabalho intenso que vem sendo feito de forma contínua nas estruturas de macro e micro drenagem da província. Conforme muitos têm acompanhado, tem havido um trabalho de limpeza e reperfilamento das valas de drenagem da província. Intervenção nas vias com as suas estruturas de drenagem, no sentido de permitir que nessas chuvas, intensas que sejam, haja um monitoramento dos seus efeitos negativos”.
Deitunga ressaltou que “tem havido trabalhos intensos no quadro do Programa de Saneamento Básico da província, com intervenções nas bacias de retenção. Por exemplo, em Viana, nas bacias do Joaquim Nissumbi, nas bacias da EPAL, e nas bacias da Comarca, procurando sempre aumentar a sua capacidade de retenção e as condições da sua descarga em caso de sobrecarga”.
O governante assumiu que ainda são visíveis algumas saturações de bacias e vias adjacentes, o que tem resultado no alagamento das estradas e ruas, com prejuízos na circulação de pessoas e veículos, contudo garantiu que trabalhos estão em curso para que se vá reduzindo “os impactos negativos da chuva”.
O vice-governador observou que ao nível das ruas, também, as intervenções realizadas que, por exemplo, e as que foram iniciadas agora na rua Garcia Neto, no São Paulo, nas ruas Bulas, têm sempre o objetivo de reduzir os impactos negativos das chuvas. “O trabalho, por mais intenso que seja, por mais abrangente que seja, nas horas de pico, nos momentos de pico desse tipo de precipitações haverá sempre uma tendência de saturação dessas infraestruturas, de maneira que vamos apelar as nossas populações no sentido de acatarem as recomendações dos órgãos da proteção civil, das administrações, no sentido de estarem longe das áreas de risco”, disse.
Sobre as inundações da via expresso em época chuvosa, o responsável pelo Sector Técnico e Infraestruturas da província de Luanda assumiu ainda que tem encontrado constrangimentos na circulação de pessoas e veículos em pelo menos cinco pontos já identificados devido a inundações.
“Esses pontos são derivados, por um lado, da construção de acessos a serviços que causam a redução da capacidade de vazão do canal longitudinal da via expressa. No entanto, um trabalho conjunto das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação e o Governo da província está em curso, no sentido de repormos a capacidade de vazão ao longo da via expresso. Vamos ainda nos próximos tempos sentir alguns efeitos de inundação dos pontos dessa via expresso, mas com o tempo veremos que essas medidas, tão logo tomem efeitos, teremos a via expresso aliviada com capacidade de circulação sem grandes constrangimentos. O mesmo vai acontecer nas lagoas de retenção, tanto no Cazenga, no Kilamba Kiaxe, em Viana e nos outros municípios da nossa província”.
Comunidades
Mário Cristino Deitunga garantiu que “sua Excelência Governador da província, enquanto coordenador da Comissão Provincial já despoletou os órgãos da Comissão Provincial e medidas estão a ser tomadas para que, estejamos sempre próximos das nossas comunidades, no sentido de a tempo, socorrermos as nossas comunidades, orientarmos as nossas comunidades durante essa época chuvosa que se mostra bastante desafiante para qual temos que nos a preparar”.
O Vice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas alertou a população que Luanda ainda vai continuar a receber chuvas intensas, pelo que encoraja todos em toda a extensão da capital do país “a se empenharem em acções de estar longe do perigo”.
“Também, solicitar que, acatem as orientações da Comissão de Proteção Civil para que tenhamos cada vez menos baixas, cada vez menos prejuízos decorrentes dessas chuvas. Será uma época chuvosa intensa e para a qual cada família, cada indivíduo, cada comunidade, cada município, deve se preparar no sentido de assumir comportamentos de segurança. Estar longe de comportamento de riscos, para que a gente possa passar essa fase, e a medida que, o Executivo vai implementando as soluções infra estruturais para melhorar a nossa drenagem urbana, vamos ficando longe desses tempos desafiantes que vimos passando, e nesta altura devemos nos preparar para lidar com elas”, afirmou o Vice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas da província de Luanda, Mário Cristino Deitunga em acto de apresentação dos dados provisórios sobre as consequências das chuvas torrenciais.
Por sua vez, o Comandante Provincial Adjunto de Proteção Civil de Luanda, Bravos Mendes, disse que apesar da forte chuva em toda a extensão de Luanda, não houve até o momento o registo de mortes, nem feridos. “O normal que tem estado a acontecer, pelo menos pela nossa província, pela quantidade de precipitação que temos estados a verificar, são mortes, tanto por afogamento, como por arrastão ou às vezes por electrocussão. Ai que repito as palavras do senhor Vice-governador, o comportamento da população favoreceu para que mitigássemos essa situação”.
Um dos desafios lamentados pelo Comandante Provincial é a existência ainda de muita água nas nossas vias. “Temos bacias de retenção cheias, e o perigo está sempre a espreita. Sabemos que existem residências com ligações eléctricas precárias, e também tem sido uma das causas de morte na nossa província de Luanda”, descreveu.
Dados
Pelo menos 2056 residências foram inundadas em consequência da forte chuva. Os dados foram fornecidos por um secretariado executivo encarregado de compilar as informações recebidas dos diversos órgãos encarregados da segurança pública e do Corpo de Bombeiros.
“Normalmente, a Proteção Civil, em caso de emergência, nós associamos o número de Habitação ao número de famílias”, explicou Bravos Mendes ao adiantar que “10 mil pessoas foram afetadas pelas inundações”.
Bravo Dias adiantou que cerca de 92 vias da região foram alagadas e estão intransitáveis em consequência da forte chuva. Além disso, 16 equipamentos sociais, infraestruturas públicas e privadas, igrejas, hospitais, esquadras de polícia, escolas estão inundadas.
O município mais afectado, de acordo com os dados adiantados pelo Comandante Provincial Adjunto de Proteção Civil é de Viana, seguido do Kilamba Kiaxe, e de Talatona”, concluiu.
A Comissão Provincial de Proteção volta a atualizar os dados sobre as consequências da forte chuva sobre Luanda nesta quarta-feira (29/11), em conferência de imprensa no anfiteatro do Governo Provincial de Luanda com cobertura do repórter Polo de Notícias, Geraldo José Letras, que se encontra de plantão.
Com Geraldo José Letras (Correspondente em Angola)
Wagner Sales – Editor de Conteúdo
