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O segundo dia da 4ª Conferência Estadual de Economia Solidária do Estado do Rio de Janeiro (CONAES-RJ) foi marcado pela presença de políticos e delegados eleitos pelas conferências municipais. O evento realizado no 13º do antigo prédio do Ministério da Fazenda, na Avenida Antonio Carlos, no centro da capital fluminense começou por volta das 10h e só foi encerrado às 17h.
Segundo o documento do encontro “a CONAES tem como objetivo central possibilitar a participação social para o aperfeiçoamento da política pública de Economia Popular Solidária e para a definição de diretrizes para os planos Estadual e Nacional Economia Popular e Solidária Na conferência estiveram presentes a deputada estadual Lucia Marina dos Santos, a Marina do MST (PT), os deputados estaduais Flávio Serafin (Psol), e Carlos Minc (PV), o ex-deputado estadual e professor Waldeck Carneiro, e o ex-secretário especial de Desenvolvimento Econômico Solidário, Diego Zeidan, que participaram da primeira mesa.
Recursos financeiros
Marina do MST, ressaltou a forte presença das mulheres na mesa e na conferência, o esforço para realização da conferência apesar da falta de recursos financeiros. Ela alertou que a democracia brasileira está em perigo e que, por conta disso, a saída é as organizações sociais ocuparem as ruas para não permitir o avanço da extrema direita. Além disso, Marina colocou o seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) à disposição das organizações sociais, entre elas as dos catadores e catadoras de resíduos sólidos.
Por sua vez, o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Economia Solidária na Alerj, Flávio Serafin (Psol), falou sobre o fundo estadual da Economia Solidária, que teria sido totalmente desmontado pelo governo Cláudio Castro e que acabou sendo bloqueado.
Já Carlos Minc que não são cumpridas, exaltou o trabalho dos catadores e catadoras de resíduos sólidos, e citou o fundo estadual criado junto com o Waldeck Carneiro. Para citar o exemplo de não cumprimento das leis, Minc apontou a de número 70.086, de 2015, que institui o programa de incentivos à criação e fortalecimento de cooperativas no estado.
A lei, sancionada pelo governador da época, implantava o Programa Estadual de Incentivo à Criação e Fortalecimento de Cooperativas de Trabalho de Catadores de Material Reciclável, Artesãos, Pescadores Artesanais, Ecoturismo, Agricultores e Extrativistas de Comunidades Tradicionais. Minc lembrou que até hoje a lei não foi implantada.
Novas palestras
Na parte da tarde, foram promovidas novas palestras, desta vez, com participantes do próprio fórum, como Celecina Rodrigues, Michel Guimarães, Laudicea Basílio, Doracy Gomes, Marcos Rodrigo e Edy Amanajos.
Representando os catadores e catadoras, Laudicea lembrou os declínios que marcaram a categoria em 2024, falou do encorajamento dos trabalhadores e da cooperação entre as instituições da sociedade civil. Ela não esqueceu a questão da economia solidária, que em sua opinião tem uma oportunidade ímpar para se desenvolver e levar suas propostas aos gabinetes dos prefeitos, vereadores e secretários municipais e estaduais.
Os participantes retornam nesta quarta-feira para cumprir o último dia conferência, quando os grupos de trabalho se reúnem, pela manhã, por eixos temáticos. À tarde, vai ser realizada a plenária final com a sistematização das propostas dos grupos de trabalho e eleição dos delegados para a conferência nacional a ser realizada em 2025.
Com informações, edição e foto de Wagner Sales
