A decisão do CC não era esperada pelos apoiantes de Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar, PODEMOS. Foto: AIM.

Confirmação da vitória da Frelimo gera novas manifestações em Moçambique

Maputo (MZ) – As principais vias de acesso às cidades de Maputo e Matola voltaram a ser bloqueadas, através de barricadas com recurso à pedras e pneus, minutos após a leitura do Acórdão do Conselho Constitucional que valida as eleições de 09 de Outubro passado, proclamando a Frelimo e o seu candidato presidencial, Daniel Chapo, como vencedores.

A decisão do CC não era esperada pelos apoiantes de Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar, PODEMOS, daí que, no final da sessão de validação, se fizeram às ruas para manifestarem o seu repúdio.

Aliás, durante todo o período da manhã, os estabelecimentos comerciais dos bairros da Matola não abriram as portas. O mesmo cenário ocorreu, onde a reportagem da AIM constatou a presença de apenas um punhado de pastelarias abertas.

Os bancos comerciais, lojas de electrodomésticos, vestuário e outros produtos encontravam-se encerrados uma medida de precaução face às ameaças de vandalismo.

Veículos na rua

Ao mesmo tempo, os operadores dos transportes públicos de passageiros também optaram por não colocarem os veículos na rua, embora um e outro estivesse a circular, mas de forma tímida e para rotas curtas.

Mesmo as bombas de combustíveis encontravam-se encerradas, embora outras ainda providenciassem algum serviço.

À tarde, tudo mudou e os poucos carros que circulavam de manhã, pelo menos nas rotas que partem do bairro de Malhampswene, no posto administrativo da Matola-sede, recolheram para os parques após a proclamação dos resultados.

Segundo os resultados proclamados pelo CC, Daniel Chapo venceu com 65,17 por cento dos votos, enquanto Venâncio Mondlane obteve 24,19 por cento dos votos, Ossufo Momade, da Renamo, (até então maior partido da oposição) registou 6,62 por cento, e Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), obteve 4,02 por cento.

Nas legislativas, a Frelimo voltou a ter a maioria absoluta, desta feita com 171 assentos no parlamento, e o partido que suporta Venâncio Mondlane ficou em segundo, com 43 assentos, suplantando a Renamo, até então maior força da oposição no parlamento, que apenas conseguiu 28 assentos, enquanto o MDM teve oito.

Apesar das barricadas que se seguiram ao anúncio definitivo dos resultados das eleições gerais de Outubro, não houve, até então, o registo de violência, mas as ruas continuaram desertas.

 

Com informações de AIM

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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