“Se preto de alma branca para você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata a nossa identidade”
Mais um mês de novembro que todo o mundo enxerga um preto, ou começamos a falar que precisamos de uma Consciência HUMANA, ou “Vitimizar” o que não quer enxergar!
Celebramos no dia 20 de novembro o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, feriado em mais de mil cidades brasileiras, esse ano um dos estados mais ricos da federação São Paulo aderi como feriado nacional, onde se encontra várias avenidas com nome de bandeirantes, que se mostraram como heróis nacionais
Após uma intensa batalha. Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém, é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado uma referência à morte de Zumbi de Palmares, negro pernambucano que nasceu livre e foi escravizado aos seis anos de idade. Foi líder do Quilombo dos Palmares e morto em 1695 na região de Alagoas.
Por muitos séculos no Brasil, todos os movimentos de luta teve participação do povo negro, na colônia com revoltas nativistas e emancipacionista, já no século XIX se intensificou. Por volta de 1850, o Brasil passou por um processo de abertura do território para a entrada de imigrantes europeus com a finalidade de, entre outras, substituir a mão de obra escrava pela mão de obra livre e assalariada. Substituição essa que deixaria o negro de fora, importaria mão de obra branca e relegaria a população negra, enfim liberta da escravidão, a uma condição de marginalidade. Das senzalas para a rua, para os manicômios, para as prisões. Não houve no país políticas de reparação histórica aos danos que mais de trezentos anos de escravidão produziram sobre a população africana no Brasil. Não é por obra do destino ou do acaso, ou por falta de força de vontade que 75% da população brasileira mais pobre nos dias de hoje seja negra.
Essa conscientização negra confronta o inconsciente embranquecido e produz novos modos de ser, estar, sentir, pensar e perceber a si mesmo e ao mundo. O empoderamento de pessoas negras está diretamente relacionado com a conscientização da realidade social do racismo e da grandiosidade de ser africano e africana. A grandiosidade de pertencer ao povo que criou as bases que originaram a Medicina, a Matemática, a Filosofia; povo que criou o samba, o jazz, o rock, o (blues), o hip-hop, o funk, o axé; povo que construiu as pirâmides do Egito.
Reencontrar-se com os sentidos que os nossos ancestrais africanos produziram sobre o que significa ser humano é também caminho de construção e de fortalecimento de uma consciência negra conectada com a sua potência.
Valeu Zumbi!
Prof.Denílson Costa