Rio – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central definiu nesta quarta-feira (31/01), dia 31 de janeiro, o novo patamar da taxa básica de juros do país, a taxa Selic. O grupo se reúne a cada 45 dias para definir a trajetória dos juros. O principal objetivo é fazer com que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fique dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Na reunião desta terça (30) e quarta (31), o Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros está em 11,25% ao ano, antes 11,75%. A analista em investimentos da Money Wise Research, Cleide Rodrigues, explica que a redução já era prevista pelo mercado, que apostava em um corte de 0,5 ponto percentual, nos moldes da reunião anterior.
“Diante dos recentes indicadores econômicos no Brasil, notadamente o IBC-BR de novembro e o IPCA 15 de janeiro, que sinalizam um enfraquecimento da economia, acreditamos que o ciclo de redução da taxa de juros será mantido nas próximas reuniões”, diz Cleide.
Principal instrumento de política monetária
O especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego, explica que a taxa Selic é quem direciona todas as demais taxas do Brasil, sendo o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. “Quando a inflação está alta a taxa Selic sobe, visando frear a inflação e quando a inflação está baixa, não tem necessidade de a taxa Selic continuar alta, por isso essa queda já era esperada e provavelmente virão mais quedas ao longo do ano.” ressalta o educador financeiro, à frente da escola digital Produtividade Financeira, por onde já ensinou mais de 6.500 mil brasileiros sobre finanças pessoais e investimentos.
Esse é o quinto corte seguido da taxa, que começou a recuar na reunião que aconteceu no início de agosto. Na ocasião, o Comitê de Política Monetária reduziu a Selic de 13,75% para 13,25%. O corte havia sido o primeiro em três anos. Antes, a última queda havia sido registrada em agosto de 2020.
Já para Renan Diego é um bom momento para investir em ativos de renda fixa prefixados e ativos renda variável, como Fundos Imobiliários e Ações, porém com cautela e aos poucos: “Não adianta querer tirar o dinheiro todo da renda fixa agora para ir para a bolsa de valores, faça isso aos poucos, busque mais conhecimento e jamais tire a sua reserva de segurança da renda fixa, independente de quanto esteja a taxa Selic, pois segurança não se negocia.” explica o expert e educador.
Com informações de Consuelo Magalhães
Wagner Sales – Editor de conteúdo