De volta à Praça das Flores

Por: Jorge Eduardo Magalhães

Quinze anos depois estava de volta àquele bairro de sua adolescência. Aquela Praça das Flores, onde passou tantas tardes agradáveis com sua amada. Não era mais a mesma. As flores estavam murchas e malcuidadas, o perfume que antes exalava no ambiente não existia mais, os bancos estavam sujos e quebrados. E nem aquela bela iluminação dos postes ao cair da noite não era como antes.

Ali conhecera o seu amor de adolescência, namoraram durante meses, e, bem ali, ela terminara o namoro confessando que estava apaixonada por outro. Depois de romperem, ela, com os olhos marejados, virou as costas e foi embora. Ele ficou sentado no banco durante algum tempo. Nunca mais se viram, nunca mais voltou à praça. Soube por terceiros que ela havia se casado.

Muitos anos depois ele estava ali de volta. Como a praça estava feia, malcuidada. Não, pensou, a praça sempre foi daquele jeito, é que naquela época ele estava apaixonado.

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2 Comentários

  1. Avatar

    Excelente desencadear do psicológico do personagem. Muito bom 👏👏👏👏

  2. Avatar
    ALVIMAR DO NASCIMENTO

    Muito legal. A bleeza esta somente no olhar de que a vê, dependeno da situação

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