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Em nível federal, as UCs mais afetadas foram a Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro (RO) e o Parque Nacional (Parna) Mapinguari (AM e RO). Foto: Divulgação.

Desmatamento Atinge 40% das Unidades de Conservação na BR-319 em 2024

Quarenta por cento das 42 Unidades de Conservação (UCs) localizadas na área de influência da rodovia BR-319, que atravessa o Amazonas e Rondônia, registraram desmatamento no ano de 2024. No total, foram 962 hectares (ha) desmatados, uma área equivalente a 1.347 campos de futebol. A Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná (RO), situada entre Porto Velho, Nova Mamoré e Buritis, foi a mais afetada, com 880 ha desmatados no ano passado.

Os dados são provenientes da “Retrospectiva 2024: Desmatamento e focos de calor na área de influência da rodovia BR-319”, uma publicação anual do Observatório BR-319 (OBR-319). O relatório apresenta dados e análises do cenário em 13 municípios, 42 Unidades de Conservação e 69 Terras Indígenas, abrangendo o período de 2010 a 2024. A publicação completa está disponível no site observatoriobr319.org.br.

UCs mais afetadas

Nos últimos 14 anos, as UCs estaduais com maior índice de desmatamento foram a Floresta Estadual (FES) Tapauá (AM) e a Resex Jaci-Paraná. Em nível federal, as UCs mais afetadas foram a Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro (RO) e o Parque Nacional (Parna) Mapinguari (AM e RO). Ambas registraram seus maiores picos de desmatamento em 2021, com 1.257 ha desmatados na Flona do Bom Futuro e 1.175 ha no Parna Mapinguari. No âmbito municipal, a Área de Proteção Ambiental (APA) Tarumã Ponta Negra (AM) apresentou o maior desmatamento, com um pico de 71,45 ha em 2014.

A FES Tapauá, apesar de figurar entre as UCs com maior desmatamento histórico na área da BR-319, apresentou desmatamento zero em 2024, em comparação com 2023. No entanto, a Flona do Bom Futuro e o Parna Mapinguari registraram aumentos significativos de 664,08% e 166,90%, respectivamente, em relação ao desmatamento do ano anterior.

Em 2024, considerado o ano mais quente já registrado, 80% das UCs monitoradas pelo Observatório BR-319 apresentaram focos de calor, totalizando 1.230 registros ao longo do ano.

O Parna Mapinguari foi a UC com o maior número de focos de calor em 2024, com 235 registros, seguido pelo Parna dos Campos Amazônicos, com 234 focos. No caso dos Campos Amazônicos, houve um aumento de 157% no número de focos de calor em comparação com 2023.

Outra UC com crescimento expressivo foi a Flona do Bom Futuro, com um aumento de 81,3% em relação ao ano anterior. Na série histórica, a Resex Jaci-Paraná apresentou uma média de 44 focos de calor por ano, mas em 2024 houve uma redução de 70,7% em relação a 2023, totalizando 120 focos. No nível municipal, a APA Tarumã-Ponta Negra e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé foram as áreas com mais focos de calor nos últimos 14 anos.

 

Com informações de Emanuelle Araujo Melo de Campos/ UP Comunicação

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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