Uma delegada e três policiais civis foram condenados pelo crime de corrupção. Eles haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no âmbito da Operação Novo Egito, desdobramento da Operação Kryptos, que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, em agosto de 2021. A delegada e os policiais foram condenados a dois anos e oito meses de prisão, cada um, e a perda do cargo.
As investigações revelaram que a delegada, enquanto atuava na Delegacia de Defraudações (DDEF), recebeu propina de Glaidson em troca de favorecimentos ao esquema. Além disso, foi constatado que os policiais civis condenados facilitaram as atividades ilegais da organização, que movimentou cerca de R$ 38 bilhões em transações financeiras irregulares. Á época, os policiais civis também eram lotados na DDEF.
Com base nas provas apresentadas pelo MPRJ, incluindo interceptações telemáticas, registros financeiros e depoimentos, a Justiça reconheceu a responsabilidade dos réus por crimes como organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção passiva.
Tenente da PM
Em outro caso envolvendo integrante da polícia fluminense, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nessa quarta-feira (18/12), o tenente da Polícia Militar Marcos Gabriel Silva Mendes, lotado no 7º BPM, pela morte de Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, ocorrida em 19 de agosto de 2024, em São Gonçalo. Segundo a denúncia, ajuizada pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal instalada na cidade, o crime foi qualificado por motivo torpe e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com a investigação, o policial atirou três vezes com um fuzil contra o carro conduzido por Rhuan, que fazia uma manobra de retorno na Rua Heitor Rodrigues, próxima à BR-101. Os disparos atingiram a vítima pelas costas, perfurando órgãos vitais como fígado e intestino, e causando sua morte no dia seguinte, após cirurgia de emergência.
De acordo com o MPRJ, o policial agiu com desprezo pela vida humana, motivado por mera suspeita de que os ocupantes do veículo pudessem ser criminosos. O carro em que o tenente se encontrava estava com giroflex e sirene desligados, dificultando que a vítima percebesse a abordagem. Testemunhas relataram que Rhuan e seu primo Lucas, também no carro, iam a um bar, seguidos por duas amigas em uma motocicleta, que presenciaram o ocorrido.
O caso gerou comoção na comunidade, que descreveu Rhuan como um jovem trabalhador e de bom caráter. O MPRJ pediu o afastamento do policial das ruas, com suspensão do porte de arma, além de que ele seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo
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