Arnaldo da Silva Dias, conhecido como "Naldinho", a 28 anos de reclusão, e de Luis Antônio Matias da Silva Júnior, o "Juninho Matias", a 24 anos e 9 meses de reclusão. Foto: Divulgação.

Dupla que tramou e matou desafeto é condenada a mais de 25 anos de prisão

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal, obteve, na madrugada desta quinta-feira (28/11), a condenação de Arnaldo da Silva Dias, conhecido como “Naldinho”, a 28 anos de reclusão, e de Luis Antônio Matias da Silva Júnior, o “Juninho Matias”, a 24 anos e 9 meses de reclusão. Ambos são integrantes de uma facção criminosa e foram condenados pelo assassinato de Carlos Alberto Moreira, conhecido como “Russinho”, e pela ocultação de seu corpo em uma trilha na região de Capelinha, em Resende.

O crime ocorreu em 22 de janeiro de 2014, na Rodovia RJ-163, próximo ao km 17. Segundo as investigações, a vítima foi atraída ao local sob um pretexto enganoso e executada com disparos de arma de fogo. O ato foi motivado por uma represália ordenada pela liderança da facção, que suspeitava que “Russinho” estava repassando informações à polícia.

A condenação

Naldinho e Juninho Matias foram condenados por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, uso de dissimulação e ocultação de cadáver. De acordo com a denúncia, ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Resende, Arnaldo teria ordenado a execução da vítima, enquanto Luis Antônio foi o responsável pelos disparos.

Segundo o promotor de Justiça Bruno de Faria Bezerra, responsável pela sustentação oral, as interceptações telefônicas realizadas no curso da investigação comprovaram, de forma clara, a dinâmica do crime. “Os registros revelaram que o acusado Arnaldo, mesmo preso, ordenou ao sicário do tráfico, “Juninho Matias”, que executasse a vítima. A motivação para o crime seria o fato de a vítima, que havia sido expulsa da área dominada pela facção criminosa na Cidade Alegria, supostamente estar repassando informações à Polícia Militar. Essas informações teriam resultado em uma operação policial contra o tráfico de drogas na região” afirmou o promotor na audiência.

Ainda de acordo com o promotor, embora os diálogos entre os envolvidos tenham sido realizados em códigos, eles evidenciam a autoria do crime. Além disso, conforme apurado, foi registrada uma ligação de Juninho Matias nas proximidades do local da execução, bem como uma mensagem de texto confirmando a concretização do homicídio. A tese foi acolhida integralmente pelos jurados.

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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