O número de alunos acima dos 50 anos de idade na escola de hotelaria é cada vez maior. Foto: Divulgação.

Escola de Hotelaria da FAETEC recebe cada vez mais alunos da geração 50+

Rio – Cada vez mais a discussão em torno do etarismo avança sobre as possibilidades da população 50+ estar inserida no mercado de trabalho. Estudos apontam que, embora poucas empresas ainda se preparem para integrar os mais velhos a um ambiente multigeracional, até 2030, cerca de 150 milhões de postos de trabalho irão para pessoas acima dos 55 anos nas nações do G7, que reúne as principais economias do planeta: Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido.

No Brasil, o etarismo corporativo é latente e, para driblar a falta de oportunidades, a saída vem sendo aprender, reaprender e até mesmo empreender. E essas chances aumentam a partir da oferta de vagas nos cursos de capacitação gratuitos oferecidos pela escola de hotelaria da Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), onde é cada vez maior o número de alunos acima dos 50 anos de idade.

Alunos 50+

“Por turma, digo sem medo que temos cerca de 30% de alunos 50+ em turmas de 20 estudantes e isto é ótimo. Muitos chegam aqui com a vontade de fazer uma atividade, precisam se sentir úteis de alguma forma e acabam descobrindo que podem empreender, trabalhar por conta própria e seguir sendo produtivos”, diz o professor Irwing Barbosa, do curso de panificador.

Aos 74 anos, Valdir Pereira não só aprende, como inova nas receitas. Aluno do curso de panificação, ele também já tem os certificados de cozinheiro e salgadeiro e, embora diga que está no curso porque “não consegue ficar parado”, revela que suas receitas fazem sucesso no trabalho da esposa. “Ela me pede para preparar os salgados e pães, assim a gente vende e faz uma renda extra”, conta ele, hoje aposentado, que trabalhou por 52 anos como representante comercial.

Fazendo coro com Valdir, Aparecida Silva, 70 anos, é uma das mais ativas da turma. Auxiliar de serviços gerais e domésticos, a aluna esbanja juventude e alegria a ponto de ganhar o apelido de “novinha” dos colegas. “A idade é física, mas meu espírito é jovem. Já fiz vários cursos aqui na FAETEC e claro que eu uso tudo o que aprendo aqui para fazer uma renda. Gosto de cozinhar e agora eu preparo para família e vendo minhas receitas”, diz ela.

Com assessoria

Wagner Sales – Editor de Conteúdo

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