Macapá (AP) – Uma ação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AP) e a Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Amapá, deflagrou nesta sexta-feira (06/12), a Operação Cidade das Esmeraldas, com o objetivo de investigar um possível esquema de corrupção envolvendo um juiz, advogados e membros de uma facção criminosa atuante no Amapá.
A ação ocorreu nas cidades de Macapá/AP, Belém/PA, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR e Santa Catarina/SC, onde foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá – TJ/AP.
Benefícios
As investigações apontam indícios de que um magistrado, por intermédio de advogados e servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), teria recebido benefícios para deferir pedidos a favor de apenados do sistema prisional. Algumas das decisões favoráveis não tinham sequer a manifestação do Ministério Público do Amapá.
A investigação é uma ramificação direta de outros inquéritos, notadamente da Operação Queda da Bastilha, deflagrada em setembro de 2022, que culminou na condenação em primeira instância de advogados, membros de facção e servidores atuantes na segurança pública.
Durante a operação Queda da Bastilha, a polícia encontrou indícios de um esquema onde advogados recebiam dinheiro de facções criminosas para pagamento de servidores do IAPEN, que conseguiam atestados falsos com médicos, subsidiando liberações dos presos com descumprimento legal e eventuais fugas.
Os investigados na ação desta sexta-feira poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, e organização criminosa, com penas que ultrapassam os 20 anos de reclusão, mais pagamento de multa.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo