Luanda (AO) – Não houve avanço para conclusão das 1,5 mil casas sociais dos Zangos III ao V, em Luanda. A denúncia foi feita em conferência de imprensa nessa sexta-feira (17/05), pelas famílias residentes nos barracos de chapas dos Zangos III ao V que trazem à tona uma série de documentos sobre a falta de cumprimento do Decreto Presidencial 75/23, de 19 de Abril de 2023. Elas afirmam que vivem uma eterna espera.
O Decreto autoriza a despesa e a formalização da abertura do procedimento de contratação emergencial para construção de 1.500 habitações sociais, destinadas às famílias que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade social. De acordo com as denúncias, a situação é tão grave, que crianças são obrigadas a pernoitarem no chão sem nada para se cobrir.
Visita
Recentemente o governador de Luanda, Manuel Homem, visitou o Zango, mas evitou chegar no local como afirmou a senhora Luísa José Fernandes. Um outro dado dá conta do registro de mortes de crianças e adultos causadas por paludismo, e de incestos à calada da noite. Ataques de centopeias ocorrem com muita frequência na região.
No Zango quatro, não ocorreu nenhum realojamento de pessoas em um cenário desolador. Os moradores da região denunciam ainda a falta de vontade política das autoridades indicadas pelo presidente da república para execução das obras.
Populares dos zangos quatro A E B reafirmam que a situação é desesperadora nas casas de chapas onde residem sem as mínimas condições.
Com informações de Matias Venâncio (Correspondente em Angola)
Wagner Sales – Editor de conteúdo