Brasília (BSB) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (8/1), de uma série de eventos em referência aos episódios ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O ataque às sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário causou danos estruturais e danificou uma série de obras de arte, entre pinturas, esculturas e artefatos históricos. Nesta quarta-feira, 21 serão devolvidas ao acervo da Presidência.
Entre os eventos previstos está o Abraço da Democracia, na Praça dos 3 Poderes. Trata-se de um ato simbólico com a participação do presidente Lula após o evento do Salão Nobre, que contará com a presença de autoridades, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, às 11h. O presidente descerá a rampa do Palácio do Planalto com as principais autoridades e encontrará o público para esse abraço.
Depredação
Dois anos após os atos antidemocráticos, o Ministério Público Federal (MPF) já denunciou 1.682 pessoas envolvidas na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Desse total, 371 réus já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 535 denunciados por crimes de menor gravidade assinaram acordo com o MPF, validado pela Justiça, para encerrar a ação penal sem condenação em troca do cumprimento de medidas alternativas.
A restauração de 20 obras foi viabilizada por meio de Acordo de Cooperação Técnica, entre a Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A restauração começou em 2 de janeiro de 2024, com a montagem de um laboratório de restauração do Palácio da Alvorada, em espaço cedido pelo Governo Federal.
Cerca de 50 profissionais estiveram diretamente envolvidos no projeto, incluindo 12 professores da UFPel e dois da UnB, quatro técnicos, 14 alunos de graduação da UFPel e três da UnB, além de cinco conservadores-restauradores especializados, com a colaboração de profissionais da área de fotografia e audiovisual.
Foram mais de 1.760 horas trabalhadas no laboratório, e as atividades de restauro contaram com a produção de 20 relatórios técnicos detalhando o processo de recuperação de cada obra. “A gente está recuperando elementos, símbolos, bens que dizem sobre o que é o Brasil, que falam sobre o que somos. São peças de artistas que conseguiram expressar a nossa cultura e tradição. Quando a gente devolve esses bens à população, a gente está dizendo: ‘nós cuidamos do que é de todos”, frisou o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Com informações de agência gov.
Wagner Sales – Editor de conteúdo
Foto: Walisson Breno / audiovisual / PR