Na Clínica Municipal Gonçalense do Mutondo, em frente ao 7º batalhão da Polícia Militar, os problemas começam na marcação dos exames. Foto: Divulgação.

Exames de saúde em São Gonçalo se tornam um problema para população

São Gonçalo (RJ) – Quem depender de um exame nos postos de saúde ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Gonçalo (RJ), pode morrer sem cumprir o pedido médico. O governo municipal através da Secretaria de Saúde e Defesa Civil limitou os atendimentos nas UBS e postos e saúde causando dificuldades para o acesso da população.

Agora, cada UBS e posto de saúde recolhe os pedidos de exames em apenas um dia da semana e em quantidade limitada por número. Isto significa que se um paciente estiver com o pedido de exame médico na mão e for a UBS ou posto de saúde certamente pode sair de lá sem o atendimento. E vai ter que voltar na semana seguinte para tentar novamente marcar o exame. Além disso, corre o risco de ver o recolhimento do material ser marcado para dois meses depois.

Exame essencial

Qualquer pessoa um pouco mais esclarecida sabe que o exame de sangue é essencial para diagnosticar determinados problemas que o paciente possa apresentar. Sua demora pode resultar no agravamento do quadro de saúde da pessoa.

Segundo a agente de saúde Rosana Monteiro de Castilho, no posto onde trabalha, Madre Tereza de Calcutá, no bairro Estrela do Norte os exames são marcados apenas uma vez no dia 30 de cada mês com 35 vagas. O material é colhido pelo técnico de enfermagem e não um profissional específico com treinamento para a função. Ela informa que o laboratório da Prefeitura é o Ana Neri e o material muitas vezes se perde. O problema nesse processo é a entrega do resultado que sai em 30 dias e que deve ser impresso no posto e levado ao paciente. Rosana lembrou de casos de pessoas que fizeram o exame em janeiro e até agora não receberam o resultado.  Os exames preventivos também apresentam problemas, porque demoram três meses para obter o resultado.

Na Clínica Gonçalense do Mutondo, em frente ao 7º batalhão da Polícia Militar, os problemas começam na marcação dos exames. Os pacientes são orientados a chegar muito cedo, por volta das 5h, às quartas-feiras para obter um número limitado para entrega do pedido de exame com respectiva marcação. O prazo pode variar de 15 a 60 dias.

Também no posto de saúde do Colubandê, instalado no Ciep da Avenida Jornalista Roberto Marinho, no fundo de um hipermercado, o problema é o mesmo. O autor desta reportagem foi ao posto para marcar seu exame de sangue e urina no dia 20 de outubro. Saiu de lá com o compromisso de comparecer ao exame no dia 12 de dezembro, quase dois meses depois. Para a sorte do jornalista, o exame é apenas de rotina. Mas se não o fosse?

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura informa que “realiza uma média de 270 mil exames laboratoriais por mês. As marcações são realizadas, semanalmente, em todas as unidades de saúde que trabalham com a coleta de exames, justamente para que todos tenham acesso.

Com Wagner Sales (reportagem e edição de conteúdo)

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