Falta ziriguidum na Educação brasileira.

“Este samba é pra você
Que vive a falar, a criticar
Querendo esnobar, querendo acabar
Com a nossa cultura popular
É bonito de se ver
O samba correr, pro lado de lá
Fronteira não há, pra nos impedir
Você não samba mas tem que aplaudir”

Até o início do século XX, o Carnaval do Rio era focado em valsa, polcas, mazurcas e músicas escocesas. Poloneses, ciganos, afro-brasileiros e judeus-russos, que também formavam a classe trabalhadora da comunidade, compuseram o ritmo e a harmonia. Esses povos, convenientemente, se fixaram no Rio entre estaleiros, situados nos morros. O lugar que eles ocuparam foi carinhosamente chamado de Pequena África, o que contribui bastante para a história do samba. Eles trouxeram os passos de dança hipnotizantes tradicionais da Bahia e os fascinantes movimentos do candomblé, que eram realizados nas cerimônias religiosas.Como as religiões africanas foram banidas em um Brasil católico, o samba não foi aceito pelos aristocratas por um longo tempo. O desfile de estilos das escolas de samba é uma imitação dos desfiles de grupos, que se apresentavam no século XIX. Mestre-sala e porta-bandeira, carros alegóricos, comissão de frente e enredos eram elementos do carnaval daquela época. Agora eles assumem grande importância como componentes do Carnaval das escolas de samba.Um grupo chamado Deixa Falar do Estácio, bairro localizado nos morros entre a Praça Onze, foi o primeiro a ser chamado de escola de samba, de acordo com a história. Eles utilizaram o nome porque o grupo se encontrava próximo a uma escola local. A Deixa Falar foi fundada em 1926, e a segunda escola a seguir o exemplo foi a Mangueira, em 1928. Mais tarde, o grupo Deixa Falar se desfez e se reorganizou sob o nome de Estácio de Sá. As escolas criam um espírito de fraternidade entre as pessoas da comunidade.A Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, foi criada com um intuito: estabelecer o ensino obrigatório da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
O ensino visa informar crianças e adolescentes sobre a importância histórica de pessoas negras como contribuintes com a economia, cultura e religião no Brasil. Considerando-os como sujeito e protagonistas da própria história e conquistas.A implantação dessa e outras leis desconstrói preconceitos que perpetuam durante muito tempo na sociedade brasileira e nada melhor que a educação, como ferramenta, para construir uma sociedade muito mais justa e antirracista.
Quando crianças, adolescentes e professores compreendem como o racismo é intrínseco no país, mais ferramentas de mudanças podem ser construídas. Valorizar a cultura negra, em vez de colocá-la como folclore ou pessoas negras apenas como escravizadas.
A escola de samba sempre aplicou a lei 10639/03, o que se espera das demais!Podemos fazer da escola verdadeiros barracões de “Escola de Samba”.

Prof.Denílson Costa

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