A acção foi interposta há um ano por Norberto de Castro contra a FAF, pedindo a anulação das eleições realizadas a 14 de Novembro de 2020. Foto: Divulgação.

Federação Angolana de futebol mergulhada em fraude eleitoral

Luanda – O Tribunal Supremo anulou o processo de eleição da actual Direcção da FAF (Federação Angolana de Futebol) realizada em 2020 em que Artur Almeida e Silva saiu reeleito para um segundo mandato de cinco anos com 70% de votos, superando na concorrência Nando Jordão, da lista A, com 59 votos, António Gomes, (Lista C), com 28 votos, e Alberto Macaia (Lista D), com 8 votos. A decisão que responde a favor do recurso interposto por Norberto de Castro, candidato impedido de concorrer nas eleições ora consideradas ilegais vem expressa no Processo N° 1929/21 da Câmara do Cível do Tribunal Supremo, em Luanda, a que o Pólo de Notícias teve acesso nessa sexta-feira (13.10).

A acção foi interposta há um ano por Norberto de Castro contra a FAF, pedindo a anulação das eleições realizadas a 14 de Novembro de 2020 em que Artur Almeida e Silva foi reconduzido ao cargo de presidente do órgão reitor do futebol em Angola.

No processo interposto junto do Tribunal Supremo, Norberto de Castro, igualmente candidato afastado pela Comissão Eleitoral da FAF das eleições, alegou “viciação no processo, que resultou no seu afastamento da Federação Angolana de Futebol por Artur Almeida e Silva que, na qualidade de Presidente da federação impugnou a sua candidatura, alegando que o mesmo havia renunciado do cargo de vice-presidente da FAF”.

Consequências

Alguns analistas desportivos e juristas entendem que a decisão do Tribunal Supremo anula “todas as decisões tomadas pela atual Direção da Federação Angolana de Futebol tomadas até ao momento, desde sanções e multas contra clubes, jogadores, dirigentes desportivos e outros envolvidos”.

As mesmas vozes apelam rápida reorganização da FAF para que não se corra o risco “já previsível, de o principal Campeonato de futebol sénior masculino, Girabola, não se realizar este ano, bem como, a equipa técnica e jogadores da Seleção Nacional, que preparam a participação do país na fase final do CAN saírem prejudicados ou com os trabalhos agendados atrapalhados por conta disso tudo”.

A Redação Desportiva do Portal Pólo de Notícias traz à lembrança dos leitores que a 14 de Agosto deste ano, Artur Almeida e Silva, em entrevista no programa da TV Zimbo “Prolongamento” prometeu concorrer para um terceiro mandato consecutivo na presidência da Federação Angolana de Futebol justificando a pretensão com o que considerou um dos seus grandes feitos “a legalização da FAF depois de 45 anos de existência”.

Com Geraldo José Letras (Correspondente em Angola)

Wagner Sales – Editor de Conteúdo

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