“Este é um momento de paciência e de respeito pelo processo democrático que se vive no nosso país”, disse nesta quinta-feira (28/11) a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni. Foto: Ferhat Momade

Frelimo pede calma aos moçambicanos e aguardem o resultado das eleições

Maputo (MZ) – A Frelimo, partido no poder, apela a todos os moçambicanos para que aguardem serenamente e com respeito à lei, a divulgação oficial do resultado das VII eleições presidenciais e legislativas e das IV para as assembleias provinciais e de governador de província, pelo Conselho Constitucional (CC) de 9 de Outubro último.

“Este é um momento de paciência e de respeito pelo processo democrático que se vive no nosso país”, disse nesta quinta-feira (28/11) a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni, em conferência de imprensa minutos após o término da 37ª sessão ordinária da Comissão Política da Frelimo (CP), órgão deliberativo entre as sessões do Comité Central. A reunião visava analisar a actual situação política, económica e sociocultural do país.

Manifestações

Desde Outubro, algumas cidades moçambicanas vivem um clima de tensão pós-eleitoral caracterizada por manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que repudia os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) que dão vitória a Frelimo e seu candidato presidencial Daniel Chapo.

Além de mortes e feridos de cidadãos, as manifestações acabam degenerando em violência e vandalismo, saque bens públicos, privados. No entanto, a CP, segundo Ludmila Maguni, considera não haver motivo, em qualquer circunstância, que justifique mortes e destruição de bens.

“A Comissão Política defende que a solução para os desafios que o país enfrenta está em cada um de nós e todos devemos ser responsáveis na construção de um Moçambique próspero, unido e em paz”, acentuou.

Apela igualmente aos pais e encarregados de educação para que estejam atentos aos jovens, especialmente às crianças e adolescentes, e os orientem para que se afastem das manifestações violentas. Encoraja a cada moçambicano a se engajar nas várias frentes de desenvolvimento, em suas comunidades, famílias, contribuindo para o progresso colectivo.

De acordo com Ludmila Maguni, a Comissão Política manifesta a sua preocupação e repúdio diante das ameaças contra a integridade física dos membros da Frelimo e de todos os moçambicanos, incluindo a vandalização das sedes do partido e de outras instituições, no contexto das manifestações violentas.

“Tais atitudes afrontam a convivência pacífica e a harmonia que tanto prezamos em nossa política e sociedade”, disse. Por isso, encoraja as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a zelar com profissionalismo e espírito de Estado, priorizando a protecção das pessoas e bens públicos e privados.

O trabalho das FDS é essencial para garantir a ordem e tranquilidade públicas, por isso, apela reiteradamente à colaboração de todos para que a paz prevaleça no país.

“A Comissão Política convida a todos os actores políticos, sociais e o povo moçambicano em geral a ver este momento pós-eleitoral como uma oportunidade de reflexão profunda sobre os caminhos que Moçambique deve trilhar para fortalecer a nossa democracia, a unidade nacional e a paz definitiva. Este apelo se estende a todos os moçambicanos, incluindo aqueles que se encontram na diáspora”, afirmou Ludmila Maguni. Em todo o país as manifestações já fizeram mais de 50 mortos e centenas de feridos.

Com informações de AIM (Agência de Informação de Moçambique)

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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