Nós esperamos nas próximas 48 horas uma subida vertiginosa da criminalidade, porque aqueles são especialistas de todo tipo de criminalidade, disse Rafael Barnardino. Foto: AIM.

Fuga de presos em massa preocupa autoridades moçambicanas

Maputo, (AIM) – Pelo menos 33 presos morreram durante uma fuga na penitenciária de segurança máxima de vulgo B.O, na cidade da Matola, província de Maputo. As mortes ocorreram durante confrontos com agentes do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP). Apesar da intervenção, outros 1.534 reclusos conseguiram fugir. Eles faziam parte de um total de 2.500 que cumprem pena no estabelecimento penal.

“Hoje, dia 25 de Dezembro, registamos uma invasão de reclusos na cadeia central da cidade da Matola, cerca das 13 horas, quando um grupo de manifestantes subversivos se aproximaram daquele estabelecimento prisional fazendo barulho e exigindo a retirada dos presos que se encontram a cumprir às suas penas. Esta agitação provocou emoções dentro da cadeia que propiciou o desabamento do muro que separa a cadeia da B.O e outro estabelecimento prisional que se encontra do outro lado”, disse Rafael

Feridos

Para além dos manifestantes terem retirado a força das celas 1.534 reclusos, na confrontação directa com agentes penitenciários cerca de 15 reclusos ficaram feridos.

“Nas operações seguintes de busca e de recuperação de alguns bens pertencentes ao serviço penitenciário, conseguiu-se deter ou recapturar 150 reclusos que neste momento estão em algumas esquadras, mas a serem devolvidos para a Cadeia Central, como podem notar os manifestantes preferem libertar detidos, presos, condenados e não sabemos quais são as claras intenções “, referiu

Segundo Rafael, nas últimas 24 horas, os manifestantes invadiram a cadeia distrital da Manhiça, onde também libertaram presos, tentaram libertar condenados que estão na cadeia do distrito de Mabalane, e as 14h00 atacaram e libertaram parte dos reclusos na Cadeia Central da Matola.

“Facto curioso é que naquela cadeia nós tínhamos 29 terroristas condenados que eles libertaram. Estamos preocupados como país, moçambicanos, como membros das Forças de Defesa e Segurança, a razão fundamental de libertar terroristas numa altura, em que o mundo, o continente, as regiões se unem para combater o terrorismo”, disse Rafael, acrescentando que um dos prisioneiros é altamente perigoso.

Sublinhou que as FDS estão determinadas para recuperar com todos os prisioneiros que se evadiram.

“Pedimos a eles como cidadãos condenados para que regressem à Cadeia Central onde eles estão a cumprir as suas penas, ou que se apresentem nas esquadras que nós iremos levar para cumprirem suas penas, quem sabe se alguns estão na lista dos indultados”, disse Rafael.

 Movimento estranho

Exortou a população, particularmente da cidade e província de Maputo, a denunciar o movimento estranho das pessoas que foram libertadas.

“Como podem imaginar, a comunidade moçambicana, população da cidade e província de Maputo, do que se espera depois de sair 1534 reclusos que cometeram altos crimes no país, nós esperamos nas próximas 48 horas uma subida vertiginosa da criminalidade, porque aqueles são especialistas de todo tipo de criminalidade, significa que vai subir o crime de roubo, assalto, violação de mulheres, roubo de viaturas, assalto a mão armada, incluindo raptos”, disse.

Dentre os foragidos constam alguns indivíduos condenados por raptos, por isso, às FDS pedem a sociedade moçambicana, aos funcionários públicos, aos que garantem os direitos humanos, jornalistas, advogados, todos sectores da administração da justiça para juntos combater a deliberada forma de fomentar a criminalidade ao libertar os condenados pela prática de terrorismo.

Rafael afirma que os acontecimentos de quarta-feira já não tratam de política, mas sim de criminalidade, sociedade, convivência social.

Aproveitou a oportunidade para abordar o assalto ao parque industrial da Matola, onde está localizado todo tipo de indústria e armazéns. Aquilo vimos são actos cometidos por um bando de criminosos que não vamos conseguir controlar mais “, disse.

Rafael apela a todos moçambicanos a abandonar actos criminosos, para regressarem a uma boa convivência social e tem fé que os condenados foragidos irão voltar as suas penas.

Por outro lado, apelou aos membros das FDS a se unir, tanto que exortou os organizadores das manifestações violentas para reflectir melhor, porque os criminosos que fugiram da B.O podem escalar suas residências ou de familiares.

 

Com informações de AIM

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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