“Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega”
Quando chega dezembro, pensamos em Natal, troca de presentes,férias…Família reunida em uma mesa farta , regada com boas bebidas.Para representar a festa cristã, em 1223, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio em uma gruta, na Itália. Na época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. O objetivo de São Francisco era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus.
No Brasil, a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índigenas e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do padre José de Anchieta, o que com deve ter sido um ato assustador para o povo nativo, mas a igreja precisava professar a sua fé. onde estaria a empatia nessa situação !?
Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista.
A empatia é, em termos simples, a habilidade de se colocar no lugar do outro. Por exemplo, se você, leitor, escuta uma história sobre uma criança que teve muitos problemas de saúde, que vem de uma família muito pobre, e se comove, é possível ter dois tipos de emoção: o dó, que é a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. “É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas”
Tal sentimento é uma via de mão dupla: beneficia também o emissor. “A empatia é, sem dúvida nenhuma, uma das habilidades mais importantes para que se tenha uma boa convivência social, interferindo diretamente tanto no sucesso pessoal como no profissional. Ao entender melhor as emoções e as necessidades de cada um, temos menos dificuldades para lidar com eventuais conflitos pessoais em qualquer ambiente ou situação”.
Prof. Denilson Costa
Reflexão necessária e sempre oportuna, apresentada com leveza e rara habilidade textual. A empatia e a humildade, está última no sentido de se admitir limitado ou falho em algum aspecto, são capacidades emocionais importantíssima para o bem viver em sociedade. Parabéns e obrigado Prof. Denilson, por nós reacender a chama da empatia que, enquanto potência, está dentro de todo o humano são.