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De acordo com os promotores de Justiça, os denunciados desempenhavam papéis estratégicos na estrutura da organização. Rodolfo Vasconcellos atuava como articulador político. Foto Reprodução.

Homens do grupo de Tandera são denunciados à Justiça

O agente penitenciário Júlio Cesar Ferreira Aleixo e Rodolfo dos Santos Vasconcellos, foram denunciados à justiça pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), por participação em uma organização criminosa liderada por Danilo Dias Lima, conhecido como “Tandera”. O grupo é responsável por diversas práticas ilícitas em Seropédica e regiões adjacentes.

Os homens foram denunciados pelo crime de organização criminosa, que inclui práticas de homicídios, corrupção ativa e passiva, extorsão, peculato, crimes contra a lei de licitações, porte e posse ilegal de armas, distribuição clandestina de sinal de TV e internet, entre outros. A pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada determinou o afastamento do agente penitenciário de suas funções públicas.

Estrutura da organização

De acordo com os promotores de Justiça, os denunciados desempenhavam papéis estratégicos na estrutura da organização. Rodolfo Vasconcellos atuava como articulador político, intermediando interesses da milícia com agentes públicos e organizando campanhas eleitorais para candidatos apoiados pelo grupo. Já Júlio Aleixo, como inspetor penitenciário, utilizava sua posição para facilitar ações da milícia, garantir benefícios a seus membros no sistema prisional e repassar informações privilegiadas.

As investigações revelaram que a organização criminosa utilizava violência extrema e coerção para consolidar seu domínio territorial e econômico, causando terror entre moradores e comerciantes. Além disso, o grupo vinha se estruturando de forma ainda mais sofisticada, com uma hierarquia bem definida e divisão de tarefas, e buscava expandir sua influência por meio da infiltração na administração pública.

Investigações iniciadas em 2020 revelaram uma reunião entre líderes da organização criminosa e pré-candidatos de Nova Iguaçu, Seropédica, Itaguaí, Queimados e adjacências. Os pré-candidatos, em troca do apoio da milícia em suas campanhas, prometeram conceder cargos públicos, controlar secretarias de governo e favorecer o grupo em licitações fraudulentas. Parte dos integrantes do grupo foi denunciada na operação epilogue, deflagrada pelo GAECO/MPRJ.

 

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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