Por: Jorge Eduardo Magalhães
Não sei o que faço, não consigo largar a mesa de jogo. Que vício maldito é o carteado, já perdi tudo, até um rim vendi para pagar minhas dívidas. Agora, tive que vender meu filho para as mesmas pessoas que comercializam órgãos. Não tive escolha, eles matariam a mim e minha família inteira. Mas ele não está longe de mim, está vivo em meu coração. Imagino sua imagem aqui bem perto de mim, posso beijá-lo, abraçá-lo, senti-lo. Sei que ele não vai crescer, mas vou ter sempre a mesma imagem, a imagem de criança com as mesmas roupas que o vi da última vez. Não tive escolha, amo muito meu filho.
Acessem meu blog: http://jemagalhaes.blogspot.com
Adquiram meu livro UMA JANELA PARA EUCLIDES
editorapatua.com.br/uma-janela-para-euclides-dramaturgia-de-jorge-eduardo-magalhaes/p
Resumiu em poucas linhas a mesquinhez humana. Parabéns!!