A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou 0,43% em abril de 2025. O resultado representa uma desaceleração em relação à taxa de 0,56% observada em março. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo Alimentação e bebidas (0,82%) foi o principal responsável pelo avanço da inflação no mês, com o maior impacto no índice geral (0,18 ponto percentual). Apesar de ter desacelerado em relação a março (1,17%), o peso da alimentação no orçamento das famílias mantém sua relevância. A alimentação no domicílio subiu 0,83%, enquanto a alimentação fora do domicílio aumentou 0,80%. Entre os itens que mais subiram, destacam-se batata-inglesa (18,29%), tomate (14,32%), café moído (4,48%) e lanche (1,38%). O arroz (-4,19%) foi um dos poucos a registrar queda.
Outro grupo com impacto significativo foi Saúde e cuidados pessoais (1,18%), contribuindo com 0,16 p.p., principalmente devido ao aumento nos produtos farmacêuticos (2,32%), influenciado pelo reajuste autorizado nos preços de medicamentos. Itens de higiene pessoal (1,09%) também pesaram no resultado.
Em contraste, o grupo Transportes (-0,38%) foi o único a apresentar deflação, influenciando a taxa geral em -0,08 p.p. A queda foi puxada pela redução no preço da passagem aérea (-14,15%) e dos combustíveis (-0,45%), incluindo óleo diesel, gás veicular, etanol e gasolina.
Acumulado da Inflação no Brasil:
- Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulado subiu de 5,48% em março para 5,53% em abril.
- No ano de 2025, o IPCA acumula alta de 2,48%.
- Para comparação, em abril de 2024, a variação mensal do IPCA havia sido de 0,38%.
Outros Grupos e Variações:
- Vestuário (1,02%): Altas em roupa feminina (1,45%), masculina (1,21%) e calçados e acessórios (0,60%), refletindo a mudança de estação.
- Despesas pessoais (0,54%): Aumentos no cigarro (2,71%) e serviços bancários (0,87%).
- Habitação (0,14%): Desacelerou, com leve queda na energia elétrica residencial (-0,08%).
- Serviços: O agregado especial de serviços desacelerou de 0,62% para 0,20%, influenciado pela queda da passagem aérea.
- Preços monitorados: Aceleraram de 0,18% para 0,35%, puxados pelos produtos farmacêuticos.
Inflação por Região (IPCA):
- A maior variação (0,95%) foi registrada em Porto Alegre, devido à alta da energia elétrica residencial (3,37%) e do tomate (45,96%).
- A menor variação (0,04%) ocorreu em Brasília, influenciada pela queda nas passagens aéreas (-7,46%) e da gasolina (-1,69%).
INPC de abril de 2025:
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, teve alta de 0,48% em abril.
- No ano, o INPC acumula 2,49%.
- Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 5,32%, superior aos 5,20% dos 12 meses anteriores.
- Produtos alimentícios (INPC) desaceleraram de 1,08% para 0,76%.
- Produtos não alimentícios (INPC) aumentaram de 0,32% para 0,39%.
- Variações regionais do INPC: Porto Alegre (1,07%) e Brasília (0,01%).
Diferença entre IPCA e INPC:
O IPCA abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC foca em famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. Ambos são calculados pelo IBGE em diversas regiões do país.
A próxima divulgação do IPCA, referente ao mês de maio, está prevista para 10 de junho de 2025.
Com informações de Agência Gov.
Wagner Sales – editor de conteúdo
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