Segundo Mário Oliveira, o tratamento de dados pessoais constitui a base essencial para a maioria das actividades humanas. Foto: António Escrivão / Angop.

Inteligência artificial pode ajudar na preservação da identidade dos internautas

Luanda – O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, defendeu, nesta sexta-feira, em Luanda, o uso da inteligência artificial, para desenvolver e melhorar a tecnologia e preservar a identidade dos internautas, protocolo seguro da privacidade.

Ao falar na abertura do seminário sobre “Protecção de Dados Pessoais em Angola, o ministro disse que a inteligência artificial ajuda a proteger informações confidências e impede acessos não autorizados, bem como violações, salvaguardando a privacidade das pessoas e das organizações.

“Nos dias que correm, a dinámica da interacção social vai se tornando cada vez mais distinta daquela do último século. Assistimos a um avanço exponencial das tecnologias em Angola e semelhantes em outras partes do mundo, com reflexo na inovação, na eficiência e na acessibilidade nos serviços”, referiu.

Esta revolução, ressaltou, “desafia-nos em muitas dimensões da vida quotidiana, sobretudo no domínio da protecção dos dados pessoais”.

Actividades humanas

Segundo Mário Oliveira, o tratamento de dados pessoais constitui a base essencial para a maioria das actividades humanas, principalmente no âmbito da economia digital.

Por essa razão, “é necessário que todos intervenientes deste ecossistema trabalhem em sintonia e adoptem uma cultura de transparência, para que o cidadão tenha a percepção clara de que os seus dados estão a ser tratados de maneira ética e segura”.

O ministro sublinhou que o apelo à acção colectiva sugere desafios reais que precisam de ser superados, desde logo, uma infra-estrutura tecnológica e capacidade institucional a altura de uma sociedade em rede.

Por seu turno, o director do Gabinete Jurídico da Agência de Protecção de Dados (APD), N´junjulo José António, recordou que o órgão iniciou a sua actividade em 2019, e em 2020 registou, pelo menos, 40 autorizações de protecção de dados, acrescentando que em 2021 houve um crescimento, com  mais de 100 processos, e 200 em 2022. No ano de 2023, a APD registou 700 processos de autorizações de protecção de dados.

O seminário, com duração de um dia, é uma realização da APD, no âmbito do 28 de Janeiro, Dia Internacional da Protecção de Dados Pessoais, e reúne especialistas e pensadores comprometidos com a protecção de dados, no ramo da banca, seguro, empresas públicas e privadas.

Com informações de Angop

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