Rio (RJ) – As autoridades israelenses impediram, sem explicação, a retirada médica de oito crianças e seus acompanhantes. O grupo inclui uma criança de 2 anos com as pernas amputadas. Os pacientes precisam sair de Gaza para receber tratamento de saúde urgente e adequado no hospital de Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Jordânia. “É totalmente chocante e ultrajante que crianças que necessitam de tratamento essencial estejam sendo impedidas por Israel de deixar Gaza. A negativa de Israel para as retiradas médicas urgentes desafia a razão e a humanidade”, diz Moeen Mahmood, diretor de MSF na Jordânia.
Nos últimos meses, a organização médico-humanitária solicitou que 32 crianças e seus acompanhantes fossem retirados de Gaza para a Jordânia por razões médicas. Apesar das necessidades de saúde, apenas seis dos pedidos foram autorizados. Os procedimentos demorados e as negativas inexplicáveis por parte das autoridades israelenses impedem o tratamento de crianças gravemente feridas em Gaza.
O sistema de saúde em Gaza foi desmantelado, o que significa que aqueles que precisam de cuidados médicos especializados não têm para onde ir. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 14 mil pessoas precisam de retiradas médicas. Desde 7 de outubro do ano passado, mais de 43 mil pessoas foram mortas e 100 mil ficaram feridas em Gaza.
MSF pediu às autoridades israelenses que garantam as retiradas médicas para palestinos que precisam de tratamento e seus acompanhantes. As autoridades também precisam garantir que todos os pacientes e seus acompanhantes tenham um retorno seguro, voluntário e digno a Gaza.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo