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Israel Sob Ataque: Dezenas de Mísseis Iranianos Lançados em Segunda Onda

As Forças de Defesa de Israel (IDF) reportaram que “dezenas” de mísseis iranianos foram lançados contra Israel em uma segunda onda de ataques, nas primeiras horas deste sábado, hora local. Sirenes e o estrondo de explosões, possivelmente de interceptadores israelenses, foram ouvidos sobre Jerusalém e Tel Aviv.

Impacto dos Ataques e Reações Iniciais

As IDF confirmaram que “alguns dos mísseis foram interceptados” e que “forças de busca e salvamento estão atualmente operando em vários locais do país onde foram recebidos relatos de projéteis caídos”.

O jornal israelense Haaretz noticiou que ataques diretos foram registrados no centro de Israel, ferindo cinco pessoas e atingindo vários edifícios. As Forças Armadas israelenses inicialmente pediram que os civis se abrigassem, mas já permitiram que saíssem novamente.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, expressou sua preocupação no X (antigo Twitter) na noite desta sexta-feira (hora da Europa), instando “todas as partes a agirem com o máximo de contenção e trabalharem para acalmar a situação” em conversa com o presidente israelense Isaac Herzog.

Contexto e Reações no Irã

O som de explosões e dos sistemas de defesa aérea iranianos disparando contra alvos também ecoou pelo centro de Teerã, capital do Irã. O embaixador do Irã nas Nações Unidas afirmou que ataques israelenses em andamento contra instalações nucleares iranianas mataram 78 pessoas e feriram mais de 320 nesta sexta-feira, incluindo generais e cientistas, mas com “a esmagadora maioria” das vítimas sendo civis.

Essa declaração do embaixador iraniano no Conselho de Segurança da ONU ocorreu logo após o primeiro bombardeio iraniano de mísseis de longo alcance contra Tel Aviv, que feriu pelo menos 34 pessoas, de acordo com o serviço paramédico israelense.

Enquanto projéteis iranianos e foguetes interceptadores israelenses deixavam rastros de fumaça e chamas no céu noturno de sexta-feira, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu não deixar Israel “escapar em segurança deste grande crime”.

Ataques de Israel e Retaliação Iraniana em Debate na ONU

Ao mesmo tempo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu nesta sexta-feira os ataques militares de Israel a alvos do Irã em um encontro de emergência solicitado pelas autoridades iranianas. A reunião contou com as participações de Rosemary DiCarlo, subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, e Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

DiCarlo detalhou que a Força Aérea Israelense usou mais de 200 aeronaves e 330 munições para atacar cerca de 100 alvos, incluindo diversas instalações nucleares iranianas, como Natanz, um dos principais locais do programa nuclear do Irã. Em retaliação, o Irã lançou cerca de 100 drones em direção a Israel, os quais, segundo ela, foram todos interceptados antes de atingir o espaço aéreo israelense. No momento do discurso, mísseis iranianos também estavam se dirigindo a Israel.

A representante da ONU enfatizou o apoio aos esforços diplomáticos e ressaltou que uma resolução pacífica por meio de negociações é a melhor forma de garantir a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano. DiCarlo alertou que o mundo deve, a todo custo, evitar uma escalada que teria “enormes consequências globais”.

Status das Instalações Nucleares e Apelo por Diálogo

Rafael Mariano Grossi, da Aiea, informou que mantém contatos permanentes com a agência de regulamentação nuclear iraniana para avaliar o status das instalações nucleares e seu impacto na segurança e proteção nuclear no Irã. Grossi manifestou sua disposição de viajar ao país para examinar a situação e garantir a segurança, proteção e não proliferação no Irã.

Ele também mencionou contatos com Irã e Israel para assegurar a segurança dos inspetores da Aiea. Para as partes envolvidas, o chefe da agência reiterou que diálogo e diplomacia são o caminho para a paz.

A ONU confirmou a morte de pelo menos quatro generais iranianos de alto escalão e três importantes cientistas nucleares na quinta-feira, além de civis feridos e mortos nos ataques.

Na sexta-feira, o secretário-geral ressaltou o perigo de qualquer escalada militar no Oriente Médio.

A organização defende a obrigação dos Estados-membros de não se usar a força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, de acordo com a Carta da ONU e o direito internacional.

Com informações de Euronews / ONU News

Wagner Sales -editor de conteúdo

Foto: AP Photo/Ohad Zwigenberg

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