Os bandidos exigiam pagamento a motoristas de aplicativos, mediante grave ameaça de morte e com emprego de armas de fogo. Foto: Prefeitura do Rio.

Justiça pode determinar a prisão de traficantes da Ilha do Governador

Rio de Janeiro (RJ) – O Ministério Público do Estado do Rio denunciou à Justiça traficantes da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, por crime de extorsão. Os bandidos exigiam pagamento a motoristas de aplicativos, mediante grave ameaça de morte e com emprego de armas de fogo. A promotoria pediu a prisão dos denunciados.

Segundo duas denúncias apresentadas, os criminosos integram a organização criminosa denominada Terceiro Comando Puro (TCP), que controla o comércio ilegal de tráfico de drogas na Comunidade do Dendê, da Pixunas e na maioria das demais comunidades da Ilha do Governador. Eles expandiram os seus negócios ilegais, organizando-se como uma narcomilícia e passando a cobrar “taxas”, por meio de extorsões contra motoristas de aplicativos, mototáxis e de táxi, dentro da área territorial em que exercem domínio na região.

Pagamentos mensais

Para trabalhar como motoristas na região, as vítimas eram obrigadas a efetuar pagamentos semanais no valor de R$ 150 e a se cadastrar nas cooperativas “Cooperativa do Crime” ou “Cooperativa da Extorsão”, criadas pelos criminosos, com sede no interior da Comunidade do Dendê, local onde ocorrem os pagamentos e os cadastros dos motoristas extorquidos. Além do pagamento, os traficantes passaram a obrigar o uso de adesivos que forneciam, para identificar os motoristas cadastrados e que cumprem as exigências dos criminosos.

À 5ª Vara Criminal foram denunciados Mario Henrique Paranhos de Oliviera, vulgo “Neves” ou “Nem”; apontado como mandante e responsável por ordenar as atividades ilícitas, e que já está preso; Marlom Rodrigues Chieregatto  dos Santos (“ML” ou “Marreco”); Leonardo Rodrigues Pereira (“Dogão”); Leonardo Alves dos Santos (“Valoroso ou  “Pavora”); e Anderson Alves dos Santos Barbosa. Na 35ª Vara Criminal foi apresentada a denúncia de Claudio da Rosa Gomes da Silva Carvalho (“Nhonho”) e também de Mario Henrique Paranhos de Oliveira.

O promotor de Justiça Sauvei Lai lembrou que os criminosos repetem o mesmo modus operandi perpetrado na Ilha do Governador pela facção TCP que, durante muitos anos, foi comandada por Fernando Gomes de Freitas;  vulgo “Fernandinho Guarabu”, e Gilberto Coelho de Oliveira, vulgo “GIL”, que eram os líderes do tráfico de drogas do Morro do Dendê e de outras comunidades na região e se associaram com o miliciano Antônio Eugênio de Souza Freitas (“Batoré”), para juntos explorarem o transporte alternativo na região. Os três foram mortos juntos, em 2019, durante uma operação policial realizada para detê-los, quando resistiram à prisão.

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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