Mais de 750 trabalhadores, entre auxiliares de limpeza e protetores escolares que prestam serviços há mais de 15 anos nas escolas da província do Namibe, não são enquadrados na função pública, além de auferir salários de “miséria”.
Além de não serem enquadrados na função pública através do sector da educação onde há mais de 15 anos prestam serviços de limpeza e proteção escolar, os mais de 750 trabalhadores cuja idade varia entre os 28 e 69 anos, denunciam salários baixos fixados em 11.000 há 15 mil kwanzas que, “ainda por cima atrasa muito”.
Assustado com as denúncias, ficou o Deputado da UNITA pelo Círculo Provincial do Namibe, Sampaio Mucanda, que tomou a iniciativa de marcar um encontro com “os trabalhadores eventuais injustiçados pelo governo” para se comprometer em dialogar com o Governador Provincial, Archer Mangueira, e com a Ministra da Educação, Luísa Grillo, para que no próximo Concurso Público do sector, “os 750 trabalhadores, isto é, auxiliares de limpeza e protetores escolares que prestam serviços há mais de 15 anos sejam inseridos na função pública”.
Satisfeitos com a promessa dos parlamentares da UNITA, os trabalhadores deixaram algumas recomendações que passam pela criação de um Concurso Público Interno dos Auxiliares e Protetores Escolares, porque, segundo revelam, “em todo o país, os concursos públicos são sempre alvos de fraudes e nepotismo”.
“Os documentos dos que já trabalham nas escolas não são admitidos, admitem apenas os documentos dos que vêem fora, porque funciona o compadrinho”.
No uso da palavra, o protetor escolar, Chitumba, que recupera de ferimentos graves na mão e na região lombar desde o ano passado quando lutou com três marginais armados com faca e ferros, sugeriu que os concursos públicos para os já trabalhadores da classe de Auxiliares e Protetores Escolares em todo o país, decorram mediante “cadastramento e recolha de documentos dos que já trabalham há bastante tempo para que sejam inseridos diretamente”.