Maputo (MZ) – Um grupo de residentes na província de Maputo, município da Matola, decidiu fechar totalmente a estrada que dá acesso ao Parque Industrial de Beleluane, onde está situada a MOZAL, empresa produtora de alumínio responsável por parte significativa do total das exportações de Moçambique.
Os manifestantes decidiram colocar barricadas e queimar pneus no viaduto da via que faz nó com a Estrada Nacional número 4 (EN4) principal via utilizada pela empresa MOZAL para transportar o alumínio da fábrica ao Porto de Maputo, para os mercados de exportação.
Revolta
Os residentes agiram dessa forma para, alegadamente, exprimirem a sua revolta com a atitude de um agente da polícia a paisana que matou em baixo da referida ponte, um menor de 13 anos de idade, que se encontrava na beira da estrada junto com manifestantes.
A situação enfureceu a comunidade local que se mobilizou em massa para exigir a justiça, encerrando a circulação na via. Como consequência, a empresa suspendeu temporariamente a circulação de seus caminhões que carregam alumínio por aquela via, situação embaraçosa para a fundição que tem compromissos inadiáveis com os seus clientes.
O Parque Industrial também viveu um dia complicado, com as empresas sedeadas no parque e os respectivos trabalhadores serem forçados a usar vias alternativas para sair sendo submetidos a longas caminhadas.
Os manifestantes sentaram na estrada, tocando música e se divertiam com vários tipos de jogos. Eles exigem a entrega do agente da polícia que alvejou o menor em causa, como condição para a reabertura da via.
A Mozal é um projecto conjunto de fundidor de alumínio no Parque Industrial Beluluane e faz parte dos “megaprojetos” em Moçambique. O empreendimento está vocacionado a produção de alumínio exclusivamente para os mercados de exportação.
Com informação de Agência de Informação de Moçambique (AIM)
Wagner Sales – Editor de conteúdo