Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Polícia Civil do Paraná, deflagraram nesta quinta-feira (24/04) uma megaoperação contra uma organização criminosa especializada no furto em larga escala de cabos de concessionárias de serviços públicos. A quadrilha também praticava lavagem de dinheiro através de empresas reais e fictícias, além de contratos simulados. Até o momento, cinco pessoas foram presas.
Os agentes cumpriram 46 mandados de busca e apreensão, incluindo residências dos alvos, sete ferros-velhos e metalúrgicas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi determinado o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros, bem como o sequestro e indisponibilidade de bens e imóveis.
O governador Cláudio Castro afirmou: “Nossas polícias seguem atuando de forma dura para combater a comercialização de cabos furtados e prender os criminosos da cúpula das grandes quadrilhas que realizam esse tipo de crime. Além das prisões, também atuamos na asfixia das organizações, contra a lavagem de dinheiro, com o pedido de bloqueio financeiro e indisponibilidade de bens”.
A ação desta quinta-feira representa a segunda fase da “Operação Caminhos do Cobre”. A primeira fase, em 2022, combateu furtos de cabos e outros materiais metálicos, receptação qualificada e lavagem de dinheiro, revelando uma cadeia estruturada de escoamento dos bens subtraídos para ferros-velhos. As investigações que levaram à denúncia de 22 integrantes do grupo expuseram um esquema sofisticado de subtração de cabos de telecomunicações e energia elétrica, recolhimento por empresas de reciclagem ligadas aos líderes e lavagem de lucros via transações bancárias fracionadas, compra de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos. A quadrilha utilizava fraude documental e disfarce operacional, agindo de forma furtiva com vigilância armada.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, declarou: “Quando a ‘Operação Caminhos do Cobre’ foi criada, demos um duro golpe nesse mercado ilegal de comercialização de cabos furtados. Agora, com essa nova etapa, vamos atuar também contra a lavagem de dinheiro, e já pedimos bloqueio de bens e valores. Esse é só o início de um novo trabalho, que também vai contar com ações contínuas”.
Os cabos furtados eram levados para galpões e ferros-velhos em Queimados (Baixada Fluminense), Morro do Fallet (Centro do Rio) e Complexo do Salgueiro (São Gonçalo), propriedades dos líderes da organização em áreas dominadas por facções criminosas. Nos depósitos, os cabos eram decapados, fracionados e queimados para eliminar vestígios e revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, com apoio de intermediadores.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo