Por: Jorge Eduardo Magalhães
Estava alucinado naquele beco imundo junto com outros drogados. Usa mais uma dose, seu pé está ferido e purulento, tem um cheiro de queijo insuportável.
Um velho jornal no chão faz relembrar seu distante passado de aspirante a jogador de futebol. Era o atacante do seu time, seria o artilheiro do campeonato, mas as drogas, as bebedeiras e as noitadas acabaram com sua carreira. O seu reserva no time entrou em seu lugar e foi consagrado. O jornal agora anunciava seu contrato com um grande time europeu e sua possível convocação para a seleção. Ficou indignado, sentia despeito e arrependimento. Aquele cara não jogava nada, eu era bem melhor do que ele. O que tinha feito de sua vida?
O efeito da droga estava passando. Usou mais uma dose e retornou a euforia de sempre.
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Triste! Muito mais fácil viver de ilusão.