O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou 23 pessoas por integrarem uma organização criminosa especializada no furto de cabos de telecomunicação e energia elétrica. O grupo atuava em diversas regiões do estado, subtraindo cabos de redes subterrâneas, torres de transmissão e subestações, causando graves prejuízos.
A 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa expediu, a pedido do MPRJ, cinco mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em endereços ligados a 22 pessoas físicas e 12 jurídicas nos estados do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. As medidas foram cumpridas nesta quinta-feira (24/04). A Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros dos envolvidos.
O MPRJ denunciou o grupo por furto, receptação, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A atuação dos criminosos causou grandes prejuízos a concessionárias de serviços públicos e interrupções em serviços essenciais para a população.
A investigação revelou que os criminosos mergulhavam para retirar cabos de estruturas submersas, utilizando caminhões para tração. As ações ocorriam majoritariamente à noite, com uso de uniformes falsos, veículos disfarçados e ordens de serviço forjadas para simular legalidade.
A organização criminosa possuía três núcleos: comando (planejamento), intermediário (receptação e dissimulação) e operacional (retirada e transporte). Os cabos furtados eram vendidos por empresas de fachada, e o lucro lavado com imóveis, veículos de luxo e movimentações financeiras simuladas. Uma empresa movimentou mais de R$ 10 milhões, valor incompatível com seu faturamento declarado.
Os crimes ocorreram entre 2022 e 2024 em municípios da Baixada Fluminense e da capital.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo