Brasília (BSB) – Pelo menos 85 pessoas morreram no Rio Grande do Sul, em virtude da chuva e enchente dos rios que cortam o estado. O balanço foi divulgado pela defesa civil do estado nesta segunda-feira (06/05).
As autoridades contabilizam 339 feridos, 134 desaparecidos e mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos.
A chuva, que provocou inundações na maior parte do estado, já afetou 1.178.226 gaúchos de alguma forma. O número de municípios subiu para 385. Nesta segunda-feira, não choveu que contribuiu para o trabalho de socorro às pessoas que ficaram presas em casa, nos vários municípios onde a água tomou conta.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanecerá fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas. A água chegou às escadas rolantes no interior do prédio.
O governo federal decidiu antecipar a liberação de R$ 580 milhões em emendas parlamentares individuais para cidades do Rio Grande do Sul. Do total, R$ 538 milhões devem ser destinados a ações na saúde pública.
Nove mil pessoas abrigadas
A prefeitura de Porto Alegre confirmou nesta segunda-feira (06/05) que mais de 9 mil pessoas estão abrigadas em 60 locais da capital gaúcha em consequência da forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul desde a semana passada. Pela previsão da prefeitura, o nível de alagamento na região da Cidade Baixa, um dos locais mais afetados da capital, pode subir 1,5 metro nas próximas horas.
Atualmente, somente quatro das 23 casas de bombas para bombeamento de águas pluviais estão em funcionamento. O sistema é usado para bombear a água da chuva de volta para o Lago Guaíba e evitar o alagamento nas ruas da capital gaúcha.
O desligamento ocorreu por panes elétricas causadas pelo alagamento das subestações de energia. Com o desligamento de parte das bombas, o nível do alagamento pode aumentar na cidade.
Além do problema elétrico, as bombas só funcionam com plena capacidade até o limite de 3 metros de inundação. A cheia do Lago Guaíba chegou a 5,27 metros na tarde desta segunda-feira.
Em coletiva de imprensa, o prefeito Sebastião Melo disse que estuda ampliar os bloqueios na cidade para evitar a circulação da população diante da previsão de chuva forte para os próximos dias.
“A gente vai ter que tomar uma decisão sobre circulação. Não fechar toda a cidade, mas ampliar o impedimento de circulação na cidade. É uma decisão que será tomada nas próximas horas”, afirmou.
Com informações da Agência Brasil
Wagner Sales – Editor de conteúdo