Por: Jorge Eduardo Magalhães
Durante uma semana, fiquei aguardando um novo contato do “Anjo Epistolar” sem sucesso. Comecei a achar que aquela mensagem poderia ser de alguém que quisesse me pregar uma peça ou mesmo um leitor louco, repleto de devaneios que criasse narrativas em sua mente doentia.
Ao mesmo tempo em que não levava muita fé na mensagem, naquele “Anjo Epistolar” e toda sua narrativa vaga e imprecisa, sentia-me intrigado com aquela mensagem e toda hora olhava minha caixa de e-mail para verificar, sem sucesso, se ele havia feito algum contato.
Começava a desistir, já estava rascunhando uma história fictícia e bem sensacionalista para criar uma coluna em meu jornal, como se fosse verdade para causar bastante impacto aos meus leitores, que adoravam notícias mirabolantes e pouco confiáveis.
Pensei em espalhar o terror, criando uma série de reportagens sobre o suposto desaparecimento de crianças no Rio de Janeiro, supostamente proporcionados por uma seita satânica para sacrificá-las e beber o sangue. Imaginei também escrever sobre um psicopata, portador do HIV que espalhava o vírus pelas saunas e boates gays. As duas narrativas causariam um grande terror entre as pessoas. Que se dane. Precisava de mais assinaturas, necessitava pagar as minhas contas.
Já estava rascunhando as duas narrativas ao mesmo tempo, para escolher qual das delas criaria a coluna primeiro, quando recebi um e-mail do “Anjo Epistolar”.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Muito bom! Excelente!