Por: Jorge Eduardo Magalhães
Em duas semanas, o número de assinaturas triplicou somente com essas epístolas do relato denunciando Ed como o maníaco das ruivas. Recebi mensagens de leitores curiosos e intrigados, assim como de militantes da causa LGBTQIA+, xingando o jornal, chamando-o de pasquim mentiroso, ameaçando processar o jornal e fazendo campanhas em redes sociais para o fechamento do Patrulha Carioca.
Ainda bem que a minha identidade era anônima e ninguém sabia que eu era o editor e proprietário do Patrulha Carioca, caso contrário correria o risco de ser atacado por algum militante fanático na rua. Achava graça com a situação e evitava responder as mensagens agressivas.
Naquele período, logo após as duas publicações, tive que prender o riso quando me sentei em uma bar na Lapa e ouvi a conversa de um grupo de jovens militantes, esbravejando de ódio por causa das duas epístolas, denunciando e relatando os supostos crimes do cabeleireiro Ed.
– Ouvi dizer que o proprietário do jornal é um reacionário racista e homofóbico.
– Super conservador.
– Eu conheci o Ed, ele seria incapaz de fazer monstruosidades como aquelas relatadas.
As conversas em defesa de Ed nos bares e as mensagens agressivas e ameaçadoras para o e-mail do jornal cessaram quando a Política, motivada pela coluna do “Anjo Epistolar”, investigou e constatou, ligando os fatos, que Ed era, realmente, o verdadeiro maníaco das ruivas.
Os militantes se calaram.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Excelente! Muito boa narrativa.