O ANJO EPISTOLAR: CAPÍTULO 33 – O Alvoroço de mais um crime desvendado

Por: Jorge Eduardo Magalhães

Rapidamente, o Anjo Epistolar conquistou um certo número de pessoas que o condenavam, alegando que não podia se fazer justiça com as próprias mãos, e criou-se uma enorme legião de fãs que o apoiavam, e havia até grupos nas redes sociais dedicadas ao suposto justiceiro.

Novamente, devido à denúncia do Anjo Epistolar, as autoridades policiais tiveram obrigação de investigar mais a fundo sobre o assassinato de Ed e constataram a autoria do homicídio ao garoto de programa, descobrindo, inclusive, que se conheceram em um bar gay no Centro. Ted teria ido até o local, justamente com a intenção de se aproximar do cabeleireiro. Matou-o sem nem saber o porquê, apenas e supostamente influenciado pelo Anjo Epistolar.

A polícia estava sendo pressionada para descobrir a identidade do meu informante, mas sem sucesso, pois ele não deixava rastro, nem mesmo na internet. Sem sombra de dúvidas, quem estava por trás daquelas mensagens era uma pessoa com um elevado nível de inteligência.

Cardoso me mandou uma mensagem naquela semana, não sei se em tom de brincadeira ou não, dizendo que a polícia estava de marcação com meu jornal, porque denunciou autoria de crimes que eram verdadeiras e a corporação não conseguiu descobrir, dando, inclusive, um atestado de incompetência às equipes.

Deitei-me em minha cama e olhei fiquei olhando para o teto, imaginando o orgulho que minha esposa sentiria de mim, com o sucesso de meu empreendimento se estivesse aqui ao meu lado. Novamente imaginei: se ela não tivesse sido tão dura comigo, e acredito no meu projeto, nada daquilo teria acontecido.

De repente veio a imagem de Lisa à minha frente e a noite que passamos juntos. Por onde ela andaria?

NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.

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