Por: Jorge Eduardo Magalhães
– Você de novo?
– Voltei.
– Pensei que não fosse te ver mais. O que houve?
– Não sei o que deu em mim depois que passamos a noite juntos.
Pensei em mandá-la embora, mas não consegui.
– Quer subir?
– Quero, sim. Estou com fome, você me serve alguma coisa?
Subimos e lhe servi um café com biscoitos e geleias.
– Mas me diz o que aconteceu.
– Naquele dia, passou um monte de bobagens em minha cabeça.
– Que tipo de bobagens?
– Sei lá, que você só quisesse se aproveitar de mim. Desculpe.
– E por que está com essa mala?
– Fui despejada de onde eu morava.
– Nossa.
– Posso ficar aqui por um tempo?
Novamente, tive o impulso de colocá-la para fora, mas me contive. Sua semelhança com minha esposa quando era jovem me fascinava. E me assustava.
– Pode ficar por aqui o tempo que quiser.
– Jura?
– Não tenha pressa de ir embora.
Novamente, fomos para a cama e fizemos um amor ardente.
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Muito estranha essa Lisa!