Por: Jorge Eduardo Magalhães
Li e reli aquela mensagem por diversas vezes, que dizia “Eu sei que você é culpado”. Seu perfil não tinha foto e o número era desconhecido. Sentia um calafrio quando colocava os olhos naquela frase. Não sabia o que fazer. O que o autor daquela mensagem queria dizer com aquilo? Será que sabia minha culpa ou simplesmente estava blefando?
Hesitei e demorei a criar coragem para perguntar:
– Culpado de quê?
Demorou uns dois minutos para responder:
– Daquele ato horrendo que você fez.
No impulso das emoções, quase disse que estava fora de mim quando matei minha esposa, mas me contive. Talvez fosse só um blefe. Provavelmente não sabia de nada. Controlei minhas emoções e perguntei, tentando manter a calma:
– Que ato é esse?
Temia que falasse realmente o que eu tinha feito; mas o autor das mensagens foi evasivo:
– Você sabe.
– Sei o quê?
– Não se faça se desentendido. Em breve você será responsabilizado pelo que fez.
– Seja mais claro, por favor.
Demorou alguns minutos para responder e mais alguns digitando a mensagem.
– Acompanho todos os seus passos, sei de tudo o que você faz. Neste momento, estou em frente ao teu prédio olhando para a sua janela.
Um enorme desespero começou a brotar em mim. Havia sido descoberto. Muito em breve, a polícia buscaria saber sobre o paradeiro de minha esposa. Imediatamente, corri para a janela para ver quem estava me espreitando.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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E agora? Acho que é o anjo. A Lisa deve ser complô dele.