Por: Jorge Eduardo Magalhães
Tive a sorte de estrear a coluna “Crimes chocantes” com um caso bem nefasto. Logo quando reativei no jornal, um assassino em série começou a agir na cidade, causando pânico à população.
No início, parecia ser apenas um fato isolado, quando uma garota de programa, conhecida como Brenda, foi encontrada morta em seu apartamento na Prado Júnior, em Copacabana, assassinada com um fio de náilon enrolado no pescoço. Tudo levava a acreditar que era mais uma prostituta vítima de um cliente.
Entretanto, na semana seguinte, a advogada Simone Araújo Cintra foi encontrada morta em seu apartamento no Méier, assassinada da mesma forma que Brenda, assim como a dentista Ana Paula Brandão, cujo cadáver foi encontrado por sua secretária, em seu consultório na cadeira em que atendia os pacientes, como as outras duas, com um fio de náilon no pescoço. Na ocasião, o cadáver estava com a boca e olhos escancarados.
Ainda teve mais uma vítima em um conjunto habitacional de Realengo, uma adolescente de dezesseis anos. Segundo a vizinhança, a menina vivia de favores de homens mais velhos; entretanto, tal fato não foi confirmado, o que poderiam ser meros boatos da vizinhança.
Percebeu-se que se tratava de um assassino em série, devido ao fato de todas as mulheres serem mortas da mesma forma e por todas serem ruivas naturais. Por isso, o misterioso criminoso ficou conhecido como o Maníaco das ruivas. Essa série de mortes causou um verdadeiro pânico, principalmente entre essas mulheres, e muitas delas tingiram os cabelos de preto para não correrem o risco de se tornarem presas do tal maníaco, um perigoso predador à solta pela cidade.
Noticiei com certo exagero e sensacionalismo o caso, explorando ao máximo as ações desse assassino em série, inventando inclusive depoimentos inexistentes de populares acerca do paradeiro e identidade do assassino. Qualquer questionamento poderia dizer que foram depoimentos de pessoas que entrevistei nas ruas e telefonemas anônimos.
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